quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

Pra quem gosta de Kubrick

HAL cometeu assassinato?

E vamo marcar novas reuniões essa semana

segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

Reuniões

Olá galera,

Estou de volta do United Malls of America e com saudades dos nossos papos e coversas.

Vamos retomar nossas reuniões

terça-feira, 8 de janeiro de 2008

Passa lá cambada

A Tabula Rasa é mais profunda do que parece:

http://novosfilosofos.blogspot.com/2008/01/tbula-rasa-mais-profunda-do-que-parece.html

O novosfilosofos tah andando, comente lah,

e vamo ve se mais alguem posta alguma coisa por aqui que esse troço tah parado demais

abraço a todos,
Gabriel Leão

terça-feira, 1 de janeiro de 2008

Cresce temor de recessão nos EUA em 2008

Publicidade
da Folha Online

Análises feitas por economistas revelam que aumentaram as chances de os Estados Unidos entrarem em recessão em 2008, informa nesta terça-feira reportagem da Folha (íntegra somente para assinantes do jornal e do UOL).
A reportagem traz avaliações de economistas feitas em levantamentos recentes e em entrevistas à Folha. Para Martin Feldstein, de Harvard, a probalidade de uma recessão em 2008 atingiu 50% e, se acontecer, vai ser mais "profunda e duradoura" que as do passado recente.
Já Lawrence Summers, o ex-secretário do Tesouro de Bill Clinton entre 1999 e 2001 e ex-reitor de Harvard, disse em palestra na Brookings Institution, em Washington, que a probalidade de recessão é maior do que 50%.
Levantamentos feitos nas duas últimas semanas revelaram que os norte-americanos também acreditam que já estão em recessão.
As perspectivas negativas para 2008 são conseqüência da
crise no mercado imobiliário que atingiu o país devido aos problemas no segmento de maior risco (conhecido como 'subprime') do mercado hipotecário americano com o aumento na inadimplência.

Ameaça ou oportunidade dramática mundial

PAULO LUDMER
Para evitar um colapso já desenhado, a humanidade terá de ser outra. Se nada mudar, não haverá energia para todos, em toda parte
VOLTO DO 20º Congresso Mundial de Energia, em Roma (Itália), com a mesma percepção dramática construída nessa congregação nos últimos 18 anos: o mundo continuará insustentável enquanto a integração e a interdependência entre países, regiões e todo o planeta se mantiverem inalcançáveis. Portanto, a natureza e os acasos seguirão cobrando, veementes, ações da juventude, inovação e busca de soluções. A inclusão de novos 1 bilhão de chineses, além de centenas de milhões de outros asiáticos, africanos e latinos, na sociedade de consumo não permite que a equação do fornecimento de energia se equilibre. Para que, diariamente, toda mulher use um conjunto de cosméticos, cada homem beba uma garrafa de cerveja e use seu automóvel, um colapso se configurará no horizonte próximo. Para evitar um colapso já desenhado, a humanidade terá de ser outra mediante: revolução de códigos e valores; nova educação e ideologia; rápida introdução de profunda inovação tecnológica; adoção de regramentos e objetivos coletivos supranacionais, de longo prazo, em âmbito mundial. Se nada mudar, não haverá energia para todos, em toda parte, em todo o tempo. Tampouco água potável. Energias novas? A fusão nuclear demandará uma ou mais décadas, pois ainda não sabemos lidar com materiais em altíssimas temperaturas. As células de hidrogênio bebem energia demais. Etanol e biodiesel sugam água, desmatam e roubam áreas de alimentos (pelo menos fora do Brasil). Vide a alta no preço mundial do milho por causa dos EUA e seu programa de produção de álcool. Integração? Basta aferirmos a cena em nosso quintal da América Latina. As assimetrias entre os países são jurídicas, ambientais, trabalhistas, monetárias, tributárias etc. Não temos um Parlamento (igual ao da Comunidade Européia) nem arbitragem. Pior: Venezuela, Equador e Bolívia desmancharam o quesito fundamental, a confiança, pelo modo como tratam contratos internacionais teoricamente sagrados. A Argentina deixou à míngua o Brasil e o Chile no item gás natural. O Paraguai ameaça o Brasil com Itaipu. Vale dizer, as interconexões energéticas continentais, tão relevantes para a formação de um bloco regional competitivo, estão na lona ou na perspectiva de um bolivarianismo do passado. O Conselho Mundial de Energia recomenda -escuto desde Montreal (1989)- a constante transferência de tecnologia para quem carece de modo a diminuir as ameaças descontroladas. Surpreendentemente, em Roma, uma delegada do Quênia afirmou que seu país ainda não ingressou sequer na era do diesel... A propósito, qualquer súbita mudança em tecnologia pode surpreender o mundo do álcool e do biodiesel, convertendo seus ativos em micos. Uma lufada de otimismo veio da Alemanha: a eficiência do diesel e da gasolina aumentará entre 20% e 30%. Mas e o crescimento da população ou da frota? E a inclusão? Somente a proibição da produção e circulação de carros superiores aos modelos 1.0 liberaria petróleo à razão de um Iraque: o texano concordaria em renunciar à liberdade individual? Uma missão fundamental da ciência da informação será reter trabalhadores atuando em casa, sem deslocamentos. Ainda assim, o transporte de massa deve ser multiplicado. Se o mercado não faz políticas públicas, quem as fará? Meia dúzia de funcionários ungidos e reunidos num gabinete? Um órgão mundial? Pois, segundo a qualificada AIE (Agência Internacional de Energia), em 2030, nada menos do que 60% da matriz energética da China será de carvão mineral, e uns 20% no caso da Índia. Esse é o fruto da volatilidade dos preços internacionais do petróleo e o espaço que se abre para carvão e átomos manejados. Pelo menos uns 35% da China será nuclear, pouco mais do que a média mundial, de 30%. Observe-se que China e Índia, juntas, aumentarão dos 12% para os 35% sua absorção de toda a energia do mundo, de 2006 a 2030. Deixaremos de abordar a inexistência de fonte de recursos para financiar a expansão da oferta de energia no mundo. Só para ilustrar sua complexidade: cresce o risco e, portanto, somem os capitais para expandir a prospecção, o refino e a logística de transporte, armazenagem e distribuição no Oriente conflagrado ou na América Latina desregrada e socialista. Em decorrência, as ameaças do terrorismo e do populismo inviabilizam um gasoduto terrestre latino, enquanto se viabiliza um virtual tubo de navios enfileirados sobre o mar, trazendo gás criogenizado das instáveis Nigéria e Argélia para Pernambuco e Rio de Janeiro. Infelizmente, os caminhos coordenados, articulados e coesos para a sobrevivência da humanidade e preservação do planeta permanecem inverossímeis entre as heranças malditas que legamos aos nossos descendentes. O 21º congresso será em Montreal, em 2010. A ver.

PAULO LUDMER, 63, jornalista e engenheiro, é consultor, professor da Faap e convidado do Mackenzie, da PUC e da USP e escritor. Foi diretor-executivo da Abrace (Associação Brasileira de Grandes Consumidores Industriais de Energia) de 1986 a 2006.