terça-feira, 25 de março de 2014

Paradoxo de Olbers

Também conhecido como paradoxo da noite escura, em astrofísica, o paradoxo de Olbers argumenta que a escuridão do céu está em contradição com a hipótese de um universo infinito e estático. A escuridão do céu é uma das evidências da não estaticidade do universo, como no modelo do Big Bang do universo.

Se o universo fosse estático e populado por uma quantidade infinita de estrelas, qualquer linha de visão partindo da terra coincidiria provavelmente com uma estrela suficientemente luminosa, de forma que o céu seria completamente brilhante. Isso contradiz a observação do céu predominantemente escuro.
 
O paradoxo é a afirmação de que em um universo estático, infinito e com distribuição regular de estrelas em seu espaço, o céu noturno deveria ser brilhante e para outros possui o nome indevido já que num universo estático, infinito a distribuição de estrelas, mesmo sendo seu número infinito, não precisa necessariamente ser regular. Aliás, a suposição de que a função de estrelas f(x) pela quantidade de volume de espaço x dividida por esse mesmo volume x tende a uma constante K quando x vai ao infinito é uma suposição muito forte.

terça-feira, 11 de março de 2014

Paradoxo de Fermi

Uma aparente contradição entre as altas estimativas de probabilidade de existência de civilizações extraterrestres e a falta de evidências para, ou contato com, tais civilizações.

A idade do universo e seu vasto número de estrelas sugerem que, se a Terra é um planeta típico, então vida extraterrestre deveria ser comum. Discutindo essa ideia com colegas durante um almoço em 1950, o físico Enrico Fermi questionou por que, se um grande número de civilizações extraterrestres avançadas existe na galáxia Via Láctea, evidências como espaçonaves ou sondas não são vistas.

Um exame mais detalhado das implicações deste tópico começou com um artigo de Michael H. Hart em 1975, no que é, às vezes, referenciado como paradoxo de Fermi-Hart.2 Outros nomes comuns para o mesmo fenômeno são a questão de Fermi ("onde eles estão"), o Problema de Fermi, o Grande Silêncio3 4 5 6 7 e silentium universi7 8 (Latim para "o silêncio do universo"; apesar de errada, a forma "silencium universi" também é comum).

Houve tentativas de resolver o paradoxo de Fermi tentando-se localizar evidências de civilizações extraterrestres, bem como propostas de que tal vida poderia existir sem o conhecimento humano. Argumentos contrários sugerem que a vida extraterrestre inteligente não existe, ou ocorre tão raramente que os humanos dificilmente farão contato com ela.

A partir de Hart, muito esforço foi feito no desenvolvimento de teorias científicas e modelos possíveis sobre a vida extraterrestre, e o paradoxo de Fermi se tornou um ponto de referência teórica em muitos desses trabalhos.

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Paradoxo da Onipotência

O Paradoxo da omnipotência ou onipotência é uma família de paradoxos relacionados, que discutem sobre o que um ser omnipotente pode ou não fazer. O cerne deste paradoxo é a aptidão do ser omnipotente para realizar uma ação que limite a sua capacidade de realizar ações. O argumento refere que se um ser pode praticar qualquer ação, então pode limitar a sua aptidão para agir, o que o impede de poder realizar qualquer ação, em alternativa, se não consegue limitar as suas ações, então não pode praticar qualquer ação.

Este paradoxo é frequentemente formulado tendo como sujeito o Deus das religiões abraâmicas, embora seja suficiente fazer referência a um ser omnipotente. Um enunciado bastante conhecido deste paradoxo é o denominado paradoxo da pedra: "Pode um ser omnipotente criar uma pedra que não consiga erguer?" Se não consegue erguer a pedra não é omnipotente; se não consegue criar tal pedra não era omnipotente desde o início.

O paradoxo pode também ser visto num contexto não-teológico, por exemplo, com o poder legislativo ou parlamentar, em que o órgão de poder deve ser omnipotente e também ter a capacidade de se regular a si mesmo.

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

Teorema de Banach–Tarski

Ele estabelece que é possível dividir uma esfera sólida em um número finito de pedaços (em um caso particular Raphael M. Robinson dividiu em exatamente cinco pedaços), e com estes pedaços construir duas esferas, do mesmo tamanho da original. É considerado um paradoxo por ser um resultado contra intuitivo, mas não por ser contraditório ou por introduzir contradições.

Naturalmente não é possível cortar desta forma uma esfera real, como uma laranja, com uma faca real. Trata-se de uma abstração matemática. A demonstração prova a existência teórica de uma forma de repartir a esfera com estas características. Não há uma prova construtivista, isto é, que descreva a maneira pela qual a esfera deve ser repartida. A demonstração faz uso do axioma da escolha.

Banach e Tarski propuseram este paradoxo como uma evidência para se rejeitar o axioma da escolha, mas os matemáticos apenas consideram que o axioma da escolha tem consequências bizarras e contra intuitivas.

De acordo a demonstração do axioma da escolha a esfera é um conjunto, que pode ser repartido de n maneiras. Porém para usarmos o axioma necessitamos dividir a esfera em partes iguais, para dele podermos escolher um pedaço que será igual ao anterior, pois no conjunto anterior (esfera 1) eles eram constituídos da mesma coisa, e agora ainda são, portanto são iguais.

quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

Paradoxo de Abilene

É um paradoxo enunciado por Jerry B. Harvey, especialista em gestão e professor na Universidade George Washington, especialista em dinâmica de grupos e gestão organizacional.

Neste paradoxo, um indivíduo toma uma decisão baseando-se na suposição de que um grupo vai agir de certa forma. Este indivíduo contrariou a sua vontade em função do grupo, para obter aceitação ou para não sofrer censura. Uma maneira coloquial de se referir a este paradoxo é o "desejo de não virar o barco".

Não ocorre comunicação alguma, pois este indivíduo tem certeza que avaliou corretamente as intenções dos outros integrantes do grupo. O paradoxo é que esta mesma situação ocorre com todos os indivíduos do grupo.

Exemplo:

Você vai passear pela praia supondo que todos os seus parentes querem ir nesse passeio. Quando na realidade você não quer ir à praia, nem nenhum dos seus parentes quer ir. Dessa forma o passeio é um fracasso.

Se alguém questionar a suposição, o paradoxo desfaz-se.

Este paradoxo só existe num ambiente em que a comunicação é falha. Em empresas, o ambiente de projetos é especialmente vulnerável a este paradoxo.