quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

Paradoxo de Abilene

É um paradoxo enunciado por Jerry B. Harvey, especialista em gestão e professor na Universidade George Washington, especialista em dinâmica de grupos e gestão organizacional.

Neste paradoxo, um indivíduo toma uma decisão baseando-se na suposição de que um grupo vai agir de certa forma. Este indivíduo contrariou a sua vontade em função do grupo, para obter aceitação ou para não sofrer censura. Uma maneira coloquial de se referir a este paradoxo é o "desejo de não virar o barco".

Não ocorre comunicação alguma, pois este indivíduo tem certeza que avaliou corretamente as intenções dos outros integrantes do grupo. O paradoxo é que esta mesma situação ocorre com todos os indivíduos do grupo.

Exemplo:

Você vai passear pela praia supondo que todos os seus parentes querem ir nesse passeio. Quando na realidade você não quer ir à praia, nem nenhum dos seus parentes quer ir. Dessa forma o passeio é um fracasso.

Se alguém questionar a suposição, o paradoxo desfaz-se.

Este paradoxo só existe num ambiente em que a comunicação é falha. Em empresas, o ambiente de projetos é especialmente vulnerável a este paradoxo.

quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

Paradoxo do Hedonismo

O paradoxo do hedonismo, também conhecido como o paradoxo do prazer, é a ideia segundo a qual o prazer e a felicidade não podem ser obtidos diretamente, apenas indiretamente. Vários autores afirmaram, cada um a seu modo, que fracassamos na obtenção do prazer e da felicidade quando os procuramos deliberadamente:

O romancista João Guimarães Rosa:
"Felicidade se acha é só em horinhas de descuido..."


O filósofo e economista John Stuart Mill, em sua autobiografia:
"Mas eu então pensei que esse fim [a felicidade] só poderia ser atingido se não fosse colocado como o fim direto. Só são felizes (pensei) aqueles que têm suas mentes focadas em outro objeto que não a sua própria felicidade. [...] Mirando assim em outra coisa, acabam encontrando a felicidade pelo caminho [...] Pergunte a si mesmo se é feliz e deixará de sê-lo."


O poeta Fernando Pessoa, pelo heterônimo Alberto Caeiro, em seu poema "O Guardador de Rebanhos":
"Como um ruído de chocalhos
Para além da curva da estrada,
Os meus pensamentos são contentes.
Só tenho pena de saber que eles são contentes,
Porque, se o não soubesse,
Em vez de serem contentes e tristes,
Seriam alegres e contentes."


O compositor Gilberto Gil, em sua canção "Barato Total":
"Quando a gente tá contente
Nem pensar que está contente
Nem pensar que está contente a gente quer
Nem pensar a gente quer, a gente quer
A gente quer, a gente quer é viver."