domingo, 23 de dezembro de 2007

Novo Blog

Meu novo blog em carreira-solo (hehe) é novosfilosofos.blogspot.com

Kenaum, põe na barra lateral ae...
e tira esse monte de link repetido que mandam pro mesmo lugar...

Abraço a todos,
Gabriel Leão

quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

Origem biológica da violência

Galera, essa matéria (mais especificamente as Universidades que estão fazendo a pesquisa) está sendo ponto de debate entre os psicólogos de algumas universidades do Brasil. Trata de pesquisas que pretendem mapear o cérebro de assassinos e buscar respostas para a origem biológica da violência. Porra, pra mim parece que é dizer que o muleque é o início, o meio e o fim do problema. Será?

São Paulo, segunda-feira, 26 de novembro de 2007
Folha de São Paulo

"Eu estava sozinho na rua. Não tinha recurso. Ninguém queria me dar serviço. O que queriam me dar não dava dinheiro. Comecei a traficar, roubar, matar." A história de D.S., de 17 anos, interno da Fase (Fundação de Atendimento Socio-Educativo, antiga Febem gaúcha) parece ser comum entre as dos mais de 50 adolescentes homicidas que vão ter seus cérebros mapeados por um aparelho de ressonância magnética num estudo em Porto Alegre, no ano que vem. Cientistas da PUC-RS (Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul) e da UFRGS (Universidade Federal do RS) querem saber se o que determina o comportamento de um menor infrator é sua história de vida e se há algo físico no cérebro levando-o à agressividade. "Algo que sempre foi negligenciado foi o entendimento da violência como aspecto de saúde pública", diz Jaderson da Costa, neurocientista da PUC-RS que coordenará os trabalhos de mapeamento cerebral. A idéia é entender quais pontos são mais relevantes dentro da realidade brasileira na hora de determinar como se produz uma mente criminosa. Para isso serão avaliados também aspectos genéticos, neurológicos, psicológicos e sociais de cada pesquisado. Serão examinados dois grupos: um de internos da Fase e outro de meninos sem passado de crime, para efeito de comparação. O projeto vai olhar para questões sociais, mas o foco é mesmo o fundo biológico da questão. "Estamos nos baseando em trabalhos que já existem mostrando que há um período crítico no início da vida e que se uma criança é maltratada entre o 8º e o 18º mês ela adquire comportamento alterado na idade adulta", diz um dos mentores do projeto, o secretário de Estado da Saúde do Rio Grande do Sul, Osmar Terra, aluno de mestrado de Costa. "Decidi no ano passado retomar a neurociência como uma opção de vida; minha opção não é fazer política até morrer", diz. Cabeça de agressor Para os cientistas, um ambiente de desenvolvimento inadequado pode mesmo "fabricar" um psicopata: pessoa que despreza regras de convívio social e é desprovida de sentimentos de empatia e afeto. O papel do mapeamento cerebral por ressonância magnética na pesquisa é tentar entender a manifestação física de problemas como esse. O trabalho que inspira Costa nessa área é um artigo do grupo do neurocientista português António Damasio publicado em 1999. O estudo mostra que meninos que sofreram lesões no córtex pré-frontal -região do cérebro próxima à testa- tinham sérios problemas de sociabilidade após crescer. "A aquisição de convenções sociais complexas e de regras morais se estabelece precocemente", diz Costa. "Essas lesões podem resultar mais tarde numa síndrome parecida com a psicopatia." O cientista quer saber se, independentemente de lesões, meninos cronicamente violentos tenham atividade reduzida em alguma região do córtex pré-frontal, área cerebral ligada a tarefas mentais que envolvem juízo moral. "Não queremos que isso sirva como roupa sob medida para explicar todos os casos, mas pode explicar boa parte", diz. Traumas e psicopatia Na avaliação psicológica que complementará o estudo, três questionários serão aplicados. Um deles avalia se houve traumas na infância dos pesquisados, outro avalia o histórico de vida familiar e escolar. "Um terceiro tenta identificar se há ou não um traço de psicopatia ou comportamento violento extremo", explica Ângela Maria Freitas, psicóloga da PUC-RS que integra o projeto. O DNA dos meninos também será analisado. O projeto de Costa e Terra ainda está sendo analisado por um comitê de ética da PUC-RS, e os cientistas se dizem confiantes de que a aprovação sairá para início dos trabalhos em março de 2008. O custo da empreitada, avaliado por Terra em cerca de R$ 120 mil, será coberto com doações da siderúrgica Gerdau para a pesquisa, afirma o secretário da Saúde.

Abçs,
Rodrigo

sábado, 15 de dezembro de 2007

Por que ensinar filosofia às crianças

Why we should teach philosophy to kids

Pesquisa Americana com crianças que passaram por aulas de filosofia mostram que no longo prazo elas melhoram em testes verbais, numéricos e de noções espaciais!

sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

Kenaum...pra vc naum esquecer: PIB e advogados!!

Se existe uma grande burocracia e os direitos de propriedade estão mal estabelecidos, os individuso serão atraidos para o setor arrendador, cuja remuneração está baseada em renda. Sem direitos de propriedade claramente definidos, se alguem se tornar empreendedor, corre o risco de o governo simplesmente confiscar seus bens e capital (o que tem acontecido frequentemente na história).(...)
A análise anterior supõe que é relativamente fácil identificar um arrendador e um empreendedor, mas isso não é necessariamente verdade. Um advogado engajado em um dispendioso processo legal, por exemplo, é uma pessoa que está buscando renda ou é um empreendedor? Por receio de sermos processados, deixamos que você decida por você mesmo. Outra pergunta: a busca da renda é um problema das modernas economias industriais ou não? Murphy, Shleifer e Vishny (para o encanto genralizado dos economistas) identificam os advogados como arrendadores e sugerem que o numero de estudantes matriculados em cursos de engenharia é a melhor medida da quantidade de talentos que uma sociedad ealoca nos esforços de produzir valor adicionado. Em seguida, eles estudaram o desempenho do crescimento de 91 países entre 1960 e 1985. Em particular, examinaram que influencia desempenharam no crescimento economico as matrículas dos estudantes nos cursos de engenharia e direito. Os resultados sugerem que cada 10% de aumento nas matriculas em engenharia amplia em 0,5% o crescimento e que cada 10% de aumento nas matriculas em direito reduz o crescimento em 0,3%.
Nota de rodapé: Para aqueles que têm aversão ao direito, os resultados não são tão bons quanto parecem - apenas o efeito positivo dos engenheiros é significativo estatisticamente. Se você quiser zombar de seus amigos advogados, será melhor que eles não tenham lido o artgio ou não entendam o siginifcado de uma estatistica com distribuição t!
Fonte: Macroeconomia, compreendendo a riqueza das nações - David Milles e Andrey Scott (2005) pag 62.
Murphy, Shleifer, Vishny. The allocatino of talente: implications for growth. Quartely journal of economics, v. 106, p.503-530, 1991

Kim Stanley Robinson On Google and Climate Change

Interessante palestra de um escritor de ficção científica para os funcionários do Google.
Apesar da apresentação ser feita para o público específico de TI, ela ainda é válida para todos.

Kim Stanley Robinson On Google and Climate Change

quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

Acelerando...

Oceano Ártico poderá ter verão sem gelo em 2013, diz estudo
BBC Brasil


Um estudo realizado nos Estados Unidos e na Polônia aponta que o Oceano Ártico poderá passar o verão totalmente sem gelo dentro de apenas cinco ou seis anos.Em uma apresentação no encontro da União Americana de Geofísica, em San Francisco, a equipe de cientistas da Nasa e da Academia Polonesa de Ciências disse que projeções anteriores subestimaram o processo que está causando o derretimento do gelo no Ártico.A equipe de pesquisadores se concentrou em medidas da camada de gelo observadas entre 1979 e 2004, mas a extensão mínima de gelo foi registrada no verão deste ano."Com isso, podemos até dizer que nossa projeção para 2013 já é tímida", disse Wieslaw Maslowski, chefe do grupo de cientistas.Segundo o estudioso, a diferença entre outros estudos e o seu está na resolução dos modelos criados para simular as situações no futuro."Nós usamos um modelo de alta resolução, com dados atmosféricos realísticos", disse Maslowski. "Com isso, conseguimos uma imagem muito mais realista, com a influência de forças acima da atmosfera e abaixo do oceano."
O grupo do professor Maslowski, que inclui cientistas da Nasa e do Instituto de Oceanologia e da Academia Polonesa de Ciências, é conhecido por produzir dados e modelos mais avançados em relação a outros grupos de estudo.Os outros grupos de pesquisadores produziram informações para um verão com o Oceano Ártico aberto em um período que varia entre 2040 e 2100.Para Maslowski, estes modelos subestimaram alguns processos importantes envolvidos no derretimento das geleiras. O pesquisador afirma que os modelos precisam incorporar representações mais realistas da forma como a água quente está se movendo pela bacia ártica, vinda dos oceanos Atlântico e Pacífico."O que alego é que os modelos climáticos globais subestimam a quantidade de calor transportada para o oceano de gelo", afirmou.O Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), da ONU, usa a média de uma série de modelos para calcular a perda de gelo na região.Mas, nos últimos anos, aparentemente a taxa real de derretimento das geleiras no verão está ficando à frente dos modelos.Em setembro deste ano, a camada de gelo sofreu uma retração recorde e ficou com 4,13 milhões de quilômetros quadrados. A marca anterior havia sido registrada em 2005, quando a extensão de gelo foi de 5,32 milhões de quilômetros quadrados.
O Centro Nacional de Informações sobre Neve e Gelo dos Estados Unidos (NSIDC) coleta informações a respeito da extensão do gelo no Oceano Ártico e faz boletins regulares sobre o assunto.O cientista do centro, Mark Serreze, foi um dos palestrantes do encontro da União Americana de Geofísica, em San Francisco, e discutiu a possibilidade de um mar aberto, sem geleiras, no Oceano Ártico, durante os meses do verão."Há alguns anos, eu pensava (nesta possibilidade) para 2050, 2070, até além do ano 2100, pois isto era o que nossos modelos nos mostravam", afirma Serreze. "Mas, como vimos, os modelos não são rápidos o bastante no presente", acrescentou. "Estamos perdendo gelo a uma velocidade maior." "Minha opinião é que 2030 não é um ano cedo demais. Mas Maslowski é da opinião de que poderá acontecer em 2013. Veremos como será o resultado", concluiu o cientista.

sábado, 8 de dezembro de 2007

A Lógica da Suficiência

No link abaixo está a resenha do livro "The logic of sufficiency", em que o autor conclui, entre outras coisas interessantes, que a salvação do planeta está em mudar a lógica do nosso atual modelo econômico de uma lógica construída sobre os princípios de maximização de lucros e eficiência para uma de suficiência.

Resenha

Vale a pena dar uma fuçadela no resto da publicação.

sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

Centésimo primeiro

É bom que os americanos comecem a abrir os olhos mesmo!! Imaginem que ótimo, porque, quando começarem a agir de fato, ainda restará 50% de vida inteligente na Terra (isso parece um flime).

Quando o sr. Jefrrey Sachs diz que “...uma administração que arrastou os pés durante sete anos está começando a encarar esta realidade”, significa dizer que eles estão acordando para um problema que todo mundo já ta acordadíssimo, e muito! Nada contra os EUA, claro; muito contra tudo e todos que ainda tentam fazer disso (redução de qualquer coisa para amenizar a mudança do clima) um acordo econômico pela vida. Não vai dar certo...

Vejam, até o próprio protocolo de Kyoto dá margem para que o egoísmo permeie suas regras: “de acordo com a Carta das Nações Unidas e os princípios da lei internacional... [os Estados têm] a responsabilidade de assegurar que as atividades sob sua jurisdição ou controle não causem danos ao ambientes de outros Estados ou áreas além dos limites da jurisdição nacional.” (o grifo é meu) Resultado: lá vem os Estados participantes com o argumento de que não têm a mínima obrigação de evitar danos ao “seu” meio ambiente e, portanto, podem fazer o que quiser. Quantos outros cientistas defendem a não existência do aquecimento global?

A lei derrubou, claro, o argumento da Agência, mas se ela sugeriu que dióxido de carbono não é um poluente, é porque talvez a lei possibilite isso. Nesse contexto, fica claro o tamanho da reforma constitucional (pra não citar todas as outras) que não só os EUA, mas todos os Estados Nacionais têm de fazer urgentemente. A Agencia, sendo condenada, paga por erro em cascata: começa no Protocolo (esse é o que, teoricamente, tem menos culpa), passa pela mais pura ganância dos lideres de Estado (chamado de interesse nacional) e é julgado e decidido por um júri que desconta a raiva apenas.

Nem de longe eu tenho intenção de sugerir uma solução ou alternativa; por hora, tenho (in)competência apenas para espectador que não sabe o que fazer (desesperado). Até o Brasil não concordou em diminuir suas emissões! Alegamos que deve-se chegar a um nível comum; isso significa: eles diminuem e nós aumentamos até um limite pré-estabelecido. O interesse econômico, pra não dizer particular, de poluir (produzir) está inserido em qualquer nação. É claro que esses protocolos, acordos, tratados são guiados por uma coisa: dinheiro que se mistura a todas as outras boas intenções. Acho que enquanto o homem não ver que a Terra é só um laboratório onde tantos outros tipos de vida já viveram (morreram, viveram novamente, morreram de novo...) não vai ter jeito. Todas essas vidas, coincidentemente, foram extintas por forças da natureza; assim, a primeira pergunta é: será que tem jeito de reverter isso? Somos, e muito, frágeis a qualquer mudança brusca no ambiente. Acho que o homem seria a primeira espécie a morrer de poluição, mas não como a doença que mata, mas como aquela que abre as portas para a extinção. O homem só se difere em uma coisa das outras vidas que passaram por aqui, creio eu: é “inteligente”. Assim, temos a capacidade de nos perguntar e tentar descobrir o que está acontecendo ao nosso redor. Se a resposta ao caos for “nós mesmos” e se realmente temos essa oportunidade, a segunda pergunta é: como queremos aproveitá-la?

Valeu galera!
Rodrigo

segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

Centésimo Post - Aquecimento Global


As mudanças climáticas e a lei
Até a administração Bush começou a reconhecer as obrigações legais dos Estados Unidos para enfrentar o aquecimento global

por Jeffrey Sachs


As negociações globais para estabilizar o efeito-estufa das emissões de gases no período até 2012 começarão em Bali este mês. As principais nações emissoras – que incluem Estados Unidos, China, União Européia, Índia,Canadá, México, África do Sul e Brasil – afirmaram recentemente seu compromisso de chegarem a um “amplo acordo” nas negociações. Prometeram também contribuir com sua “cota justa” para estabilizar a emissão de gases, impedindo “a perigosa interferência antropogênica com o sistema climático”.Um dos maiores, senão o maior dos obstáculos para este acordo internacional tem sido, é claro, os próprios Estados Unidos. O país não só não ratificou o Protocolo de Kyoto – o plano internacional de um tratado para limitar emissões até o ano 2012 – , como não levou adiante qualquer estratégia significativa de estabilização. Um dos mais chocantes aspectos do fracasso norte-americano tem sido seu desprezo pelas leis internacionais e domésticas. Mas esta ilegalidade está prestes a ser revista.

Em anos recentes, a política internacional unilateral dos Estados Unidos tem vergonhosamente ignorado ou transgredido aspectos incontáveis da lei internacional, desde a Convenção de Genebra até os tratados multilaterais sobre o ambiente de que são signatários.Esta impudência comprometeu o centro das discussões políticas no país. Considere um artigo assinado por dois distintos professores de direito da University of Chicago, que argumentaram no Financial Times do dia 5 de agosto que os Estados Unidos não têm obrigação de controlar gases poluentes e que, se outros paises não gostarem de como o país se comporta, podem pensar em pagá-lo para cortar suas emissões. Assombrosamente, os professores de direito negligenciam o fato de que os Estados Unidos já estão comprometidos em agir para estabilizar gases poluentes na atmosfera pela Convenção de Mudanças Climáticas da ONU, assinada pelo presidente George H. W. Bush e ratificado pelo Senado em 1992, e que entrou em vigor em 1994. O tratado estabelece especificamente que os países desenvolvidos deveriam liderar o combate às mudanças climáticas e “adotar políticas nacionais... consistentes com o objetivo da Convenção”, ou seja, a estabilização da emissão de gases de efeito estufa em um nível que previne interferências perigosas no sistema climático.

A afirmação deles de que os Estados Unidos não têm obrigação de evitar danos ao clima está em flagrante contradição com a convenção, que declara em seu preâmbulo que “de acordo com a Carta das Nações Unidas e os princípios da lei internacional... [os Estados têm] a responsabilidade de assegurar que as atividades sob sua jurisdição ou controle não causem danos ao ambientes de outros Estados ou áreas além dos limites da jurisdição nacional.”Ironicamente, esses professores de direito fogem da lei internacional até mais rápido que a administração Bush. John B. Bellinger III, conselheiro legal do Departamento de Estado, enfatizou recentemente o compromisso da administração com a lei internacional e se referiu sua sujeição a uma mudança pós-2012 nos tratados sobre mudanças climáticas neste contexto. Ele citou a secretária de estado Condoleezza Rice, que disse que “a autoridade moral da América na política internacional também depende de nossa habilidade de defender leis e tratados internacionais”.

A Suprema Corte também entrou na história recentemente para enfatizar que a lei nacional dos Estados Unidos obriga a uma ação federal mais forte para mitigar a alteração do clima. O estado de Massachusetts, entre outros querelantes, processou a Agência de Proteção Ambiental por seu fracasso em regular a emissão de dióxido de carbono por automóveis. A Agência argumentou que o dióxido de carbono não era um poluente sob o Ato do Ar Limpo, e que o estado de Massachusetts não poderia processá-la porque não tinha base legal para fazê-lo, e que qualquer ação da agência teria um efeito mínimo nas mudanças climáticas. A corte derrubou firmemente todas as defesas da agência para sua inação: notou que ela é obrigada a regular qualquer poluente deletério emitido por veículos motorizados; que o dióxido de carbono claramente se encaixa nesta categoria; que Massachusetts decidira processar porque a mudança climática já estava erodindo parte de sua costa, e que o estado era vulnerável a perdas costais consideravelmente maiores neste século se a mudança climática não for mitigada. Além disso, enfatizou que mitigar as emissões de veículos nos Estados Unidos teria um efeito significativo no ritmo da mudança climática. Por todas essas razões, a Corte decidiu que a Agência era obrigada a agir. A obrigação de reduzir a emissão de gases poluentes já é portanto a lei do país, e está mais que na hora de começarmos a respeitar essas leis. Não devemos fazer isso apenas porque é importante honrarmos nossos compromissos legais, mas porque assumimos esses compromissos por razões de sobrevivência e bem-estar. Mesmo uma administração que arrastou os pés durante sete anos está começando a encarar esta realidade.


Jeffrey Sachs é diretor do Earth Institute da Universidade de Columbia (www.earth.columbia.edu)

Não tem reunião hoje, 3/12

Ae moçada, sem reuniãozinha hoje, avisem quem puderem!

quinta-feira, 29 de novembro de 2007

29/11/2007 - Novo pensamento a respeito das armas nucleares - Continuação da minha fala

'Veteranos elaboradores de políticas da Guerra Fria, como Henry Kissinger, atualmente exercem pressão por um mundo sem armamentos nucleares. O primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, não deveria fazer o mesmo?'

Ian Kearns*
A recente discussão sobre as políticas de armas nucleares no Reino Unido tem sido dominada por dois debates. O primeiro, centrado no Irã e na Coréia do Norte, se concentra em como melhor prevenir que estes Estados adquiram capacidade bélica nuclear. O segundo, focado na decisão de renovar o Trident - o programa britânico de mísseis nucleares - é uma repetição de velhos e familiares argumentos da década de 1980, entre aqueles que acreditam na doutrina da dissuasão nuclear e os que defendem o desarmamento unilateral.Esses debates têm se combinado para obscurecer um terceiro fato importante: uma mudança de paradigma no pensamento a respeito da política de armas nucleares entre alguns dos principais estrategistas mundiais de políticas para estes armamentos, uma modificação que conta com bastante potencial para trazer de volta à agenda o desarmamento multilateral nuclear. Em janeiro último, um grupo de analistas veteranos de segurança norte-americanos - Henry Kissinger, George Schultz e Sam Nunn, entre outros - publicou um artigo no "The Wall Street Journal" descrevendo a futura confiança norte-americana na dissuasão nuclear como "cada vez mais perigosa e menos efetiva". Indo mais longe, eles pediram uma reversão daquele pensamento mundial que vê as armas nucleares como garantia de segurança, além de terem também solicitado um "fim" das armas nucleares como ameaça à comunidade internacional.Outras figuras importantes do outro lado do Atlântico, como Lawrence Freedman, também indicaram uma necessidade de marginalizar as armas nucleares nas questões internacionais. Esses são fatos importantes, até porque os pedidos de redução da estrutura militar baseada em armas nucleares são feitos por aqueles que outrora eram os que acreditavam de forma mais ardente, ponderada e influente no princípio da dissuasão nuclear.Três fatores estão vinculados a essa mudança de pensamento. O primeiro tem a ver com uma falta de estabilidade em um mundo no qual um número maior de países possui artefatos nucleares. As preocupações neste caso não se limitam ao Irã e à Coréia do Norte, dizendo respeito também às potenciais corridas nucleares regionais que cada país pode provocar e ao risco cada vez maior de acidentes, lançamentos não autorizados de ogivas e ausência de salvaguardas.O segundo refere-se às preocupações crescentes com o terrorismo nuclear. Isso é visto como uma grave ameaça, seja na forma da aquisição por parte de terroristas de uma "ogiva perdida" do ainda não totalmente controlado arsenal nuclear russo ou de uma outra fonte, seja por meio da aquisição ilegal por um determinado grupo do material físsil necessário para a fabricação de uma bomba atômica.O terceiro e último motivo para a mudança de pensamento quanto à dissuasão diz respeito a uma maior dependência da energia nuclear civil, algo que pode ser provocado pela mudança climática e por questões relativas à segurança energética. Caso uma expansão do poder nuclear civil implique em um aumento do número de instalações de enriquecimento e reprocessamento em todo o mundo, isso significará ao mesmo tempo uma maior probabilidade de que alguns Estados usem programas de energia nuclear civil como uma rota para um programa de armamentos (como no caso do Irã) e um desafio mais difícil para controlar aquilo que será uma reserva maior e mais dispersa de material físsil.Coletivamente, essa mistura de fatos nos coloca à beira de uma segunda era nuclear, que provavelmente será mais instável e perigosa do que a primeira. A visão prevalecente, mesmo entre os sumos sacerdotes da estratégia de dissuasão da Guerra Fria, é que o mundo tem tido sorte em evitar o uso de armas nucleares desde 1945, e que o momento de agir é agora, antes que a nossa sorte acabe. Em outras palavras, é hora de abandonar uma política baseada na dissuasão e adotar uma estratégia cujo objetivo seja marginalizar e, um dia, erradicar as armas nucleares.Na prática, isso implica em algumas providências.
Primeiro, tal estratégia exige um investimento de capital político por parte de líderes das potências nucleares existentes a fim de se chegar a um compromisso compartilhado cuja meta seja um mundo sem armas nucleares. Haverá ceticismo quanto a isso em alguns nichos, mas lembrem-se que foram Reagan e Gorbachev que discutiram a questão da erradicação de armas nucleares na reunião de Reykjavik em 1986, no auge da Guerra Fria - para a perplexidade de diversos estrategistas nucleares.
Uma segunda área que necessita de atenção urgente é a segurança em todo o mundo das armas nucleares e fontes de urânio e plutônio altamente enriquecidos. Nos últimos anos foi feito progresso nesta área por meio de iniciativas como o Programa de Redução de Ameaça Global do G8, mas precisamos agir mais rapidamente tendo em vista a ameaça de terrorismo nuclear. O recente compromisso de Hillary Clinton de, no seu primeiro mandato, caso se eleja presidente, remover todo o material nuclear das instalações nucleares mais vulneráveis do mundo e de garantir efetivamente a segurança das restantes, é um sinal bem-vindo de que a mensagem está começando a ser ouvida nos Estados Unidos.
Terceiro, necessitamos de progresso urgente na criação de um banco internacional de combustível nuclear que garanta acesso a urânio para reatores de energia nuclear a preços razoáveis. Isso é algo que poderia ser inicialmente feito em torno do Grupo de Fornecedores Nucleares, e mais tarde ser administrado pela Agência Internacional de Energia Atômica.Essa inovação fundamental desvincularia o uso da energia nuclear civil da necessidade de que os países desenvolvessem os seus próprios programas de enriquecimento. Dessa forma, ela contribuiria significativamente para a redução do número de Estados que podem transformar-se em riscos em termos de proliferação, e ao mesmo tempo permitiria que aqueles que optassem pela energia nuclear tivessem acesso a suprimentos confiáveis de energia.
Os debates fundamentais dirão respeito ao gerenciamento de tal banco e ao número de países integrantes, mas tais questões não deveriam impedir diálogos sérios sobre como rumar nessa direção.Essa trajetória para políticas no nível internacional também traz conseqüências para o Reino Unido. Nenhum dos desafios apresentados aqui pode ser abordado de maneira mais efetiva por meio de ações unilaterais para o desarmamento nuclear, e ainda existem alguns cenários internacionais concebíveis segundo os quais ainda faz sentido que o Reino Unido conte com uma estrutura nuclear de dissuasão.Dito isto, ainda há um espaço significativo para que o governo britânico modifique tanto o tom quanto a substância da sua decisão de renovação do Trident. O governo deveria agora adotar uma estratégia de dois caminhos, consistindo por um lado na possibilidade de renovação do arsenal, e ao mesmo tempo na tentativa de negociar o desmantelamento desse arsenal como parte de um processo multilateral mais amplo. A causa de um mundo sem armas nucleares deveria ser uma das maiores missões históricas de qualquer governo progressista, especialmente em tal clima estratégico perigoso e potencialmente instável.
*Ian Kearns é vice-diretor do Instituto de Pesquisa de Políticas Públicas da Inlgaterra
Tradução: UOL

terça-feira, 27 de novembro de 2007

EXPURGANDO

Sônia Hess (professora da UFMS)

De tempos em tempos, muitos adultos são sacudidos por um processo que revolve, traz à tona, todas as dúvidas, dores e culpas da vida inteira. Não se sabe bem de onde vem e, às vezes, o começo não dá avisos, mas depois que passa, o que chamo de “expurgo” deixa marcas profundas, mudando o rumo de quem o vivenciou. O filósofo F. Nietzsche descreveu com maestria este processo, e grandes líderes religiosos também deixaram a seus seguidores descrições deste mergulho profundo na consciência, ressaltando a sua importância para a evolução espiritual. Na bíblia, por exemplo, há diversas passagens que narram momentos em que Jesus se afastou dos demais e passou por momentos de intensas lutas internas, quando era visível o seu sofrimento. Buda também se recolheu e encarou seus assombros. Certamente, a grandiosidade destes seres fez com que eles percebessem a realidade em um nível muito mais amplo do que a maioria das pessoas poderia fazê-lo, o que não permite que avaliemos, em absoluto, a extensão do que lhes rendeu estas experiências.
Ao redor do mundo e no Brasil, são muitos os artigos, livros, músicas, poesias e obras de arte que descrevem este mergulho na consciência de forma clara e intensamente bela. Quem não percebe isto ao contemplar os quadros Guernica, do espanhol Pablo Picasso, ou Abaporu, da brasileiríssima Tarsila do Amaral? Ou a escultura La Pietá, de Michelangelo, e os trabalhos de Rodin? Ou ao ouvir músicas de Villa Lobos, Tom Jobim, Chico Buarque, Gilberto Gil, Almir Sater, Cássia Eller, Cazuza, Renato Russo, Zeca Baleiro, e de tantos outros artistas brasileiros, bem como de Bach, Beethoven, Mozart e Vivaldi?
Artistas e filósofos expõem, de forma sutil, as mensagens do inconsciente de toda a humanidade e, mais particularmente, da sociedade onde vivem. Por isso, há obras que nunca deveriam ser traduzidas para idiomas diferentes daqueles em que foram originalmente produzidas, porque jamais poderiam ser fiéis. Por exemplo, como traduzir Guimarães Rosa ou Ariano Suassuna, sem aviltar a brasilidade de suas obras?
Atualmente, é muito evidente que o “expurgo” também acontece na natureza. Não há ação sem reação e, quanto mais intensa é a ação, muito maior é a reação. Por exemplo, a poluição atmosférica causada pelos seres humanos está resultando, também, na intensificação das emissões de gases do efeito estufa provenientes de processos naturais. Quantidades grandiosas de gás metano, até então acumuladas no fundo dos mares e em áreas congeladas, estão sendo liberadas para a atmosfera, devido ao aumento da temperatura, ao derretimento do gelo, e à intensificação das tempestades, que têm resultado na agitação de regiões profundas dos oceanos, onde este gás permaneceu aprisionado por milhares de anos. Como têm alertado os mais conceituados cientistas, depois que o seu equilíbrio é afetado, o sistema natural responde de forma ampliada e imprevisível.
Na esfera humana, ao avaliar-se a trajetória histórica dos povos, percebe-se que o “expurgo” também ocorre a nível coletivo. Quando uma coletividade percebe, com clareza, seus conflitos, a resposta raramente é suave. Todas as guerras e revoluções sangrentas foram precedidas por este processo, e suas conclusões serviram de justificativa para os conflitos que o sucederam. Em geral, os eventos que precedem a tais conflitos se arrastam por anos, mas trazem mensagens claras de qual será o seu desfecho. O conhecimento disto deveria servir para que a sociedade brasileira atual levasse muito a sério alguns sinais, como os ataques do PCC em São Paulo; a guerra urbana em curso em diversas metrópoles; a falência dos sistemas públicos, mais notavelmente os de educação e de assistência à saúde; além dos conflitos agrários. Não se pode negar que a dor dos brasileiros pobres e a opressão advinda da corrupção são raízes de muitos destes sinais, sendo feridas que precisamos diagnosticar e curar. Novamente, a arte pode nos ajudar muito nesta trajetória em busca da auto-compreensão, como os filmes Querô, Tropa de Elite, Cidade de Deus, além de trabalhos que têm sido produzidos por diversos estudiosos.
Neste momento tão intenso da história, é importante que nós, brasileiros, foquemos a nossa atenção nas mensagens embutidas no hino e na bandeira nacional, bem como nas leis e obras produzidas por artistas e cientistas. Há muita beleza e verdade nestes símbolos e produtos da alma brasileira, que precisam ser traduzidos, trazidos do inconsciente para o consciente, para que sirvam de alicerces na construção de uma nova realidade. Não podemos continuar a pensar e a agir como se fôssemos vítimas de situações trágicas que, efetivamente, ajudamos a construir diariamente. Temos que compreender que nossos atos e omissões resultam na violência urbana e do trânsito; na explosão demográfica; nas falhas do poder público; no sofrimento dos animais; na destruição das matas nativas; na poluição dos rios e dos mananciais de água potável; no envenenamento do ar, dos alimentos e das águas de abastecimento por agroquímicos e produtos industriais tóxicos; e em tantos outros problemas que resultam na dor, doenças e conflitos que nos afligem individual e coletivamente.
Se despertar a tempo, o povo brasileiro poderá servir de grande fonte de alegria e sabedoria para o resto do mundo, porque temos, em nosso território e na intimidade da alma nacional, uma grandiosidade que é única no planeta.

segunda-feira, 26 de novembro de 2007

Greening the World - Diane Cole

For graduate students, it's getting ever easier to be green, thanks to an interdisciplinary newcomer called sustainability science by some and sustainable development by others. Whichever label you use, the challenge of figuring out how to keep the world in balance "is a boom area," says Jeffrey Sachs, executive director of Columbia University's Earth Institute, where master's and doctoral students typically integrate environmental, biological, and social sciences with government, economic, business, and policy studies.

Similar approaches that both cut across disciplines and bring them together are offered at a growing number of grad schools, including the University of Wisconsin, Arizona State University, the Rochester Institute of Technology, Slippery Rock University in Pennsylvania, Harvard, and Yale. They join established programs, often multidisciplinary, in ecology or environmental science at the University of California-Davis, the University of North Carolina, and elsewhere, including at several prestigious European universities.

Al Gore's An Inconvenient Truth brought many urgent challenges to public consciousness, but the environmental issues he addressed have long been a focus of academic research. Jonathan Foley, head of the University of Wisconsin's Center for Sustainability and the Global Environment, or SAGE, cites the launch of Earth Day in 1970 as the original catalyst. But until recently, he says, "we've had an artificial separation" between the study of the natural environment and our human impact on it. Sustainability studies views the two as an inextricably connected whole. It addresses predicaments whose impact can be felt both locally (Greenland's melting ice field, in one well-known example) and globally (the resulting potential for rising water levels and changing ocean currents).

How do grad schools prepare professionals to grapple with the complexities of climate change, energy use, pollution, emerging diseases, and native cultures caught in cultural transition? The short answer, says Foley, is a "transdisciplinary" approach. "We want folks to get rooted in solid disciplinary depth and skills in one or two areas," he says-marine biology, for example. Additional courses then put those studies in a broader context, and students are coached in "translating" knowledge between, say, researchers and policymakers.

Crossroads. Many students are eager to bridge that gap. Holly Gibbs enrolled at SAGE after "working at a national lab in Tennessee and realizing that doing science by itself wasn't enough," she says. "I want to be able to interact with policymakers." She's about a year away from earning her Ph.D., working at the crossroads where land use, tropical deforestation, and the effect on climate change all meet. Rachel Licker, who is in her second year at SAGE, hopes to acquire skills that will allow her to "address global issues at the local level because I think that's where things can get done."

Despite its popularity, the newness of the field explains why, depending on their university, students won't necessarily see the word sustainable on their diploma. SAGE, for instance, does not issue graduate degrees on its own; instead, students receive advanced degrees from particular departments (often from the Nelson Institute for Environmental Studies) with a "minor" or certificate in sustainability on top of that. That helps embed the concept of sustainability throughout the university, says SAGE's Foley. Similarly, Stanford's interdisciplinary sustainability programs are housed within the School of Earth Sciences.

By contrast, Arizona State University at Tempe has just opened an entire school of sustainability, issuing its own bachelor's, master's, and Ph.D. degrees. "Sustainability science is a new box because the old boxes are just too limited," says ASU President Michael Crow. "We're pushing for a course in sustainability for everyone in the university."

Green light. Yet in the same way that the emergence of separate schools of public health and agriculture did not do away with their underlying disciplines a century ago, individual disciplines with a connection to sustainability are also here to stay, predicts Vaughan Turekian, director of the Center for Science, Innovations, and Sustainability at the American Association for the Advancement of Science: "Programs with ecology and environment in their names will remain vibrant and important in and of themselves," he says. In other words, academia seems ripe for all things green, environmental, and sustainable.

And so does the job market. "There is a large demand for people with an ability to analyze these issues from multiple perspectives," says Pamela Matson, dean of Stanford's School of Earth Sciences. Graduates of programs at Stanford and elsewhere, she says, are finding positions with governments, businesses, and nonprofits here and around the world. "Because they are not narrowly focused and will be able to manage complexity, they will have advantages in the job market," says ASU's Crow.

All indications are the field will continue to grow. Navin Ramankutty, one of Wisconsin's first sustainability program graduates, is now an assistant professor at McGill University in Montreal, where he is helping launch a new undergraduate Earth System Science initiative. Is there a graduate program down the line? "We're talking, but one thing at a time." His students are interested-and so are others, around the country and the world.

Smart Choices

HISTORY. Think globally when it comes to growth areas. Scott Jaschik, editor of Insidehighered, says departments need more experts in Asian, African, and Latin American history-and comparatively fewer in U.S. and European history. SOCIOLOGY. The American Political Science Association says the hottest jobs in this field are in American politics, international relations (think global, once again), and comparative politics.

Insider Tip

Anyone weighing the words "I do" against the letters "Ph.D.," listen up: Rather than being an either-or proposition, the two complement one another, according to a study by CORNELL UNIVERSITY economics grad student Joseph Price, who is married with three children. Why? A committed support network is crucial to motivation. Meanwhile, as college teaching openings continue to increase, there's a caveat: The American Association of University Professors reports a continued trend toward hiring for "contingent" or non-tenure-track positions.

Reality Check

Good news: Full-time faculty paychecks increased 3.1% in 2005-06.

Bad news: Adjusted for inflation, the buying power of those salaries declined 0.5%. Universities awarded a record 43,354 Ph.D.'s in 2005, compared with 42,117 in '04 and 40,740 in '03.

Universities in 9 states accounted for 54% of those degrees: California, New York, Texas, Massachusetts, Pennsylvania, Illinois, Florida, Ohio, and Michigan.

REALITY CHECK SOURCES: AMERICAN ASSOCIATION OF UNIVERSITY PROFESSORS

Getting In

STUDY UP. This fall's revamped GRE (article, Page 4) re-emphasizes the need for test prep, says Lois Beecham, assistant dean of the University of Wisconsin-Madison Graduate School. If you haven't taken such tests since you applied to college-especially if you've been in the working world-your test-taking skill set could be rusty. Sharpen your pencils, set the timer, and take some practice tests-now!

TIMELINE IT. Yeah, it's tiresome, but it's the only way to keep track of all those deadlines-from taking GREs to getting recommendations to filing applications. And once you get to grad school, time management will be crucial.

ASK QUESTIONS. Quiz faculty, current students, recent grads. Does the department emphasize research over practical applications or vice versa? Where do graduates end up? If you have spouse or kids in tow, find out about schools, housing, and job opportunities for your better half.

THINK LOCAL. Judge a program on the merits of the department, not the university as a whole, says Beecham. Your degree gets its prestige from the department.

sábado, 24 de novembro de 2007

Última palestra de um ENTP de 47 anos morrendo de câncer

Encontrada pelo Kenneth, é de arrepiar.

Para assistir o vídeo clique aqui.

É de 1:44h, mas vale muito a pena!!!

sexta-feira, 23 de novembro de 2007

Resposta do Breno pra mim, e minha replica pra ele

Em reposta ao meu post, Breno atendeu meu pedido e respondeu sobre o petróleo em 22/11:

Ai, eu mereço ouvir isso.... Eu mereço!!! Um cara que lei a notícia deque a bolsa caiu três dias e leu essa justificativa em um jornal!!!

1. Mando, em anexo, uma figura com o gráfico do petróleo, do SP500 edo Bovespa. Como pode ser notado, a alta do petróleo foi, realmente,um fator de muita preocupação!!!! Peço, então, para que meu amigoGabriel procure todas as vezes que a bolsa caiu um pouquinho forte emum dia e o petróleo estava perto de new highs. Faça, por favor, umresearch do que as porras dos jornais falaram! Acho que já me fizentender!!

2. Eu não sei se o petróleo é um problema ou não! Só sei que vi ummonte de gente argumentar como se fosse um neném e tive que provocar.Se confiam no que dizem, comprem a porra do petróleo e ganhemdinheiro.

3. Só sei que, se essa porra vai realmente acabar, porque a EXOM quevale 500 bilhões de dólares não está pegando 1% do eu Market Cap ecomprando toda a indústria de álcool no Brasil. Só sei que um analistanosso foi à uma palestra de um árabe. Quando lhe perguntaram sobre oque ela achava do fim do business de resinas plásticas devido aescassez de petróleo, ELE RIU!

Enfim, eu não tenho opinião sobre isso, só sei que é meio complicadoAFIRMAR sobre um assunto, cujas estatísticas, na melhor da hipóteses,são uma caixa-preta. Então fi, leia o jornal e sempre tome suasdecisões baseadas nele, principalmente no que diz respeito à bolsa. Enão se esqueça de comprar petróleo a US$100 dólares

Em réplica ao Breno, respondi em 23/11:

Caro Breno, realmente posso ter feito meu embasamento básico em um jornal, mas isso ainda é um argumento melhor do que a risada de um árabe. Mas já que você emitiu uma opinião tão forte como dizer que argumentamos como nenéns mesmo sem ter uma opinião formada sobre isso, e pelo que percebo, sem ter grandes conhecimentos sobre a situação do petróleo no que não se refira ao mercado financeiro, vou agora demonstrar alguns sucintos argumentos dentro dos limites do meu conhecimento a respeito do tema.

1. O principal na notícia em questão é a revisão do PIB americano, demonstrando que a economia real sente os impactos do que ocorrera esse ano no mercado financeiro. Porem, como a história nos ensina, na relação inversa o mercado financeiro reage muito menos ao que ocorre na economia real e muito mais à percepção que os agentes tem do que acontece na economia real. E como se sabe, a história corporativa é recheada de um jogo lúdico quanto às suas crises, na qual eu poderia citar uma lista de pelo menos dez empresas que formaram ou formam o SP500, que forneceram dados ou informações enganosas a respeito da sua situação física, e/ou financeira, sendo o caso da Eron um dois mais recentes, sendo inclusive esta empresa do setor energético.

2. Sendo assim, respeito seu conhecimento a respeito da bolsa e concordo que ela não é um indicador fidedigno da situação real do petróleo, mas nem poderia ser, pois ela é sim, um indicador fidedigno da percepção dos agentes a respeito do petróleo. E nisso está uma das problemáticas do petróleo, o jogo político dentro do setor visa manter tais percepções como positivas. Logo, torna-se clara a resposta para a sua pergunta: “Só sei que, se essa porra vai realmente acabar, porque a EXOM quevale 500 bilhões de dólares não está pegando 1% do eu Market Cap ecomprando toda a indústria de álcool no Brasil?”. Resposta: Por que este seria um indicador óbvio para o mercado de que o petróleo é um problema! Alem disso, grande parte da estrutura da industria de álcool do Brasil está ligada ao Estado, o que torna o investimento institucionalmente arriscado e até mesmo legalmente inviável. Porem, ainda assim, existem claras suspeitas de que estas empresas estão utilizando de empresários laranjas na compra de usinas alcoleiras e outros ramos da industria do álcool.

3. Por fim, o seu pedido para que compremos o petróleo e ganhemos dinheiro, corrobora com a lógica que acabei de apresentar, pois esta é uma das razões da alta do petróleo, que é a inflação de demanda!! Embora esta não seja o componente único. E quanto à suposta caixa-preta, realmente existem informações das quais não dispomos, mas todas as que dispomos apontam para a escassez de petróleo, embora a escassez de dados não permita precisar o quanto. No entanto, se tivermos que adotar uma visão racional sobre o tema, e observarmos os dados publicamente disponíveis, como a demanda pelo recurso fóssil e os estudos geofísicos a respeito da existência física deste ativo, podemos sim afirmar que existe uma tendência clara e constante quanto à escassez desse importante componente da economia global. E não se preocupe, eu leio mais coisas alem dos jornais, como por exemplo, os autores clássicos que apontam o período em que vivemos como de uma possível crise energética.

Abraço a todos, Gabriel Leão

Cafezinho com veneno - Sônia Hess

CAFEZINHO COM VENENO
Dra. Sônia Hess (Professora da UFMS)

Cada vez que um homem bebe cafezinho servido em um copo plástico, está incorrendo em risco de ter sua fertilidade diminuída, adoecer de câncer de próstata e passar por um processo de feminilização. Quanto às mulheres, os riscos são de adoecerem de câncer de mama, útero, ovário e, se estiverem grávidas, de seus bebês do sexo masculino nascerem com deformidades em seus órgãos sexuais. Estas afirmações parecem fazer parte de uma brincadeira de mau gosto mas, infelizmente, não fazem. Desde o início da década de 1990, têm sido divulgados estudos científicos que demonstram que plásticos utilizados para acondicionarem alimentos contém substâncias que apresentam intensa atividade estrogênica, ou seja, agem como hormônios femininos (estrógenos). Também há estudos correlacionando a exposição a estes substâncias artificiais ao desencadeamento de problemas no funcionamento da tireóide e do pâncreas. O pâncreas é responsável pela produção de insulina, que regula a taxa de glicose no sangue. Seu mau funcionamento resulta em doenças graves, como a diabetes. Já a tireóide regula diversas funções no organismo, e sua falência também leva a sérios problemas de saúde.

Além de materiais que compõem os plásticos, como os alquilfenóis (principalmente o nonilfenol), ftalatos (presente em filmes e utensílios de PVC) e bisfenol A, também apresentam atividade estrogênica intensa uma infinidade de outras classes de substâncias que fazem parte da composição de agrotóxicos, resíduos industriais e, até, da fumaça proveniente da queima de lixo contendo plásticos à base de PVC (dioxinas e furanos).

A atividade estrogênica do bisfenol A (“bisphenol A”) foi descoberta por acaso, quando uma equipe coordenada pela pesquisadora Ana Sotto (da Flórida) realizava pesquisas com células de câncer de mama. Os pesquisadores perceberam que as células de câncer começaram a se multiplicar, como se estivessem expostas a estrógenos, sem que nenhuma substância com tal atividade tivesse sido propositalmente acrescentada ao meio de cultura. Após meses de investigações, os pesquisadores descobriram que o bisfenol A era a substância responsável pela indução da multiplicação das células cancerosas, e que o mesmo fazia parte da composição dos recipientes plásticos (à base de policarbonato) empregados naquele laboratório. Depois deste estudo pioneiro, vieram diversos outros, que demonstraram que o bisfenol A também migra para os alimentos acondicionados em latas de conserva revestidas com resina branca, e que esta substância alcança concentrações tais nos alimentos, que são suficientes para induzirem a reprodução das células de câncer de mama, em laboratório. O mesmo foi detectado para o bisfenol A presente na saliva de pacientes que fizeram restaurações dentárias com resina branca, que é composta, basicamente, por esta substância. É importante ressaltar que, quanto maior é o tempo e a temperatura em que o alimento permanece em contato com o material plástico, mais intensa é a transferência dos estrógenos ali presentes. Portanto, é extremamente perigoso consumir alimentos que, aquecidos, tiveram contato com fontes de estrógenos artificiais como, por exemplo: carnes assadas, embaladas em contato com filmes de PVC (contendo ftalatos) quando ainda estão quentes; café e outras bebidas quentes servidas em copos plásticos (à base de poliestireno, contendo nonilfenol); alimentos aquecidos em fornos de microondas, dentro de recipientes plásticos (contendo PVC); alimentos em conserva, embalados em latas revestidas por resina branca (bisfenol A); etc.

Os nonilfenóis (“nonylphenols”) são estrógenos artificiais que fazem parte da composição de diversos detergentes e plásticos, de amplo emprego. Seus efeitos também foram descobertos por acidente, quando pesquisadores investigavam por que os peixes do sexo masculino, que viviam em pontos de descarga de efluentes de estações de tratamento de esgotos domésticos, na Inglaterra, estavam passando por um processo de feminilização. Os nonilfenóis estavam presentes na água daqueles rios em concentrações muito baixas, mas testes em laboratório revelaram que, mesmo em tais concentrações, estas substâncias eram capazes de induzir a mudança de sexo nos peixes e em outros seres aquáticos. O mais alarmante foi que, em testes de laboratório, os nonilfenóis ocasionaram má-formações nos órgãos sexuais de filhotes de ratas e de outros mamíferos cujas mães haviam bebido, durante o início da gestação, água com concentrações baixíssimas destas substâncias. Portanto, durante a gestação, as mães transferem estes poluentes para seus filhos, que têm sua capacidade reprodutiva afetada e maiores chances de adoecerem de câncer, durante o seu desenvolvimento.

Considerando a amplitude do emprego dos plásticos, detergentes e outras fontes de estrógenos, em nosso cotidiano, é improvável que alguém consiga eliminar estes materiais do seu convívio, para proteger a sua saúde e a de seus descendentes. Portanto, além da destruição da camada de ozônio e das mudanças climáticas, ainda vamos deixar de herança, para nossos descendentes, o risco de perderem a capacidade de perpetuarem a espécie.

Artigo publicado no Jornal Correio do Estado

quarta-feira, 21 de novembro de 2007

Noticia de Hoje

Depois da nossa conversa de segunda, todos já podem ver a seguinte noticia com outros olhos...

Bolsa cai quase 3%, com tensão global e alta do petróleo
Da Redação Em São Paulo

As preocupações com a crise de crédito no mercado mundial mais uma vez fizeram a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) cair. O Ibovespa, principal indicador da Bolsa paulista, terminou o pregão com queda de 2,81%, aos 60.581 pontos.As principais Bolsas de Valores do mundo recuaram nesta quarta-feira em meio a persistentes temores com a crise de crédito e ao impacto dos problemas do setor imobiliário na economia dos Estados Unidos, a maior do mundo. O dólar subiu 0,62% e fechou cotado a R$ 1,778 na venda.
MAIS

Nas duas últimas sessões, dias 16 e 19 de novembro, a baixa foi de 0,03% e 3,52%, respectivamente. Ontem, o pregão não abriu devido ao feriado do Dia da Consciência Negra. O dia foi de forte baixa também nas ações da Ásia. A Bolsa de Tóquio desceu 2,5%; a de Seul perdeu 3,49%, e a de Hong Kong despencou 4,15%. Nos Estados Unidos, os mercados de ações registram baixa, com temor de mais prejuízo de grandes bancos e companhias do setor de hipotecas.A alta do petróleo para perto de US$ 100 por barril também influencia o mercado, ao afetar a expectativa de gastos dos consumidores. "Vamos acompanhar o mundo, e hoje todo mundo já vem caindo, principalmente na Ásia e na Europa. O pessoal aqui ainda digere o relatório do Federal Reserve de ontem", afirmou Luiz Gustavo Medina, sócio da m2 Investimentos.Em ata divulgada na terça-feira 20, o Fed informou que a última redução de 0,25 ponto percentual do juro básico americano foi uma "decisão apertada", numa política preventiva contra a crise nos mercados imobiliário e de crédito.EUA: pessimismoUm conjunto de notícias negativas vindas dos Estados Unidos nos últimos dias contribuiu para a queda das Bolsas de Valores no mundo. Entre elas, a de que o banco central americano, o Federal Reserve, reduziu a previsão, para 2008, sobre o crescimento econômico daquele país. A estimativa era de que a expansão ficasse entre 2,5% a 2,75% no ano que vem. A nova projeção é de uma alta entre 1,8% a 2,5%. Especulações durante o pregão de ontem de que o Fed poderia fazer um corte emergencial nos juros básicos americanos influenciaram, ainda, a queda do dólar em relação ao euro, que colocou a moeda americana no menor patamar em relação à européia.

...e quero que o Breno tenha a cara de pau de me falar que o petroleo não é um problema.

Passei!!

É isso ai, agora o pessoal da escola de Frankfurt, os antipositivistas, e outros filosofos retrogrados terão que me engolir!!!

Abraço a todos!
Gabriel Leão

sexta-feira, 16 de novembro de 2007

Palestra do Renato - Desafios Globais

Pessoal, palestra do Renato Granzoti no encontro de arquitetura, dividida em quatro partes por limitação do Youtube!

Assistam até o final, vale a pena a reflexão!

Parte 1
Parte 2
Parte 3
Parte 4

Entre Pensadores e “Fazedores”


Não é de hoje que se debate o papel daqueles que pensam e daqueles que fazem as coisas na sociedade, e não é de hoje que comumente o censo comum se levanta contra a alta abstração em nome da mediocridade concreta. Sócrates fora obrigado a tomar cicuta pelo crime de ter feito Atenienses pensarem, lhes tirando assim de suas humanas atividades do dia-dia, Einstein fora chamado de “burro” por um professor em sua adolescência, e não fora a toa que Niezstche acabara seus dias em um sanatório em Weimar. Afinal, que peso damos aos pensadores profundos em nossa sociedade, e qual a relação destes com o ambiente concreto que nos rodeia?
Vejo um conflito inerente à natureza dos seres extremos do concreto e do abstrato. Suas ambições são diferentes, e pior que isso, o meio de atingi-las são antagônicos. Isso deve ser claramente pensado quando se busca encontrar uma chamada classe intelectual na sociedade, ela é uma classe na qual grande parte dos seus componentes tende a entrar em conflito com o resto da sociedade, porem, comumente, cabe ao intelectual perceber tal tensão, uma vez que normalmente a mediocridade concreta apenas “percebe” que aquele ser estranho à sua frente estuda bastante mas “vive no mundo das idéias”, quando na realidade o que “mandaria no mundo é o dinheiro”. E o concretismo se infiltra nas políticas e nas relações sociais de uma maneira que resta à abstração profunda apenas ser ponta de lança de interesses concretos específicos de classes políticas.
Por sorte, talvez tenhamos nascidos num tempo em que a alta abstração pode juntar componentes que construam juntos estratégias semelhantes às que, durante toda a história, o concretismo barato se pautou, e conduziu o desenvolvimento humano numa marcha lenta de igualdade, e acelerada de alta destruição. Devemos prezar para que o concretismo barato nos atinja ou atinja o mínimo possível, e lembrar que pensar profundamente é preciso, e criar assim uma posição clara sobre a estupidez que em muitos aspectos nos rodeia.
E que nossas reuniões sejam cada vez mais produtivas, e se possível, livres da influência do concretismo medíocre do dia-dia.
Abraço a Todos
Gabriel Leão

terça-feira, 13 de novembro de 2007

Pegadinhas no escritório

Este é mais humour do que qualquer outra coisa, mas dá para imaginar o que dá ficar um tempo fora do escritório com esses caras:

Parte 1

Parte 2

Parte 3

segunda-feira, 12 de novembro de 2007

Reunião de Hoje II

Esqueçam o post anterior, a reunião de hoje vai ser na casa do Laudson, no horario de sempre. E a Palestra do renato vai ser na quarta...

Gabriel

Reunião de Hoje

Galera, não sei se estamos sendo muito Gabriel-Renato-Kenneth cêntrico, mas por estarmos ainda preparando a palestra do Renato, que foi transferida para amanhã as 19:00 no auditório do CCHS na UFMS.

A reuniãozinha de hoje vai ficar para depois da palestra dele!!!

quinta-feira, 8 de novembro de 2007

Belíssimo

I present you none other than me main man, Dr. M. King Hubbert himself.

E um vídeo absolutamente fantástico descreditando o Pico de Petróleo (espero que vocês consigam compreender!!!).

quarta-feira, 7 de novembro de 2007

Fotos

Galera, dois posts fudidos sobre fotos:

1 - Fotos coloridas digitalmente, da 1a GM

2 - Teoricamente, as melhores fotos de 2007

Pra Ensinar pro pessoal da pedagogia

Kenny e Domingos, esse projeto de vcs tem trazer essa mulher pra uma palestra...

http://www.youtube.com/watch?v=UMcWXJP464o
Bem lembrado pelo Renato não citei a hora do famigerado evento:

14:30h - Dia 21/11/2007 - Sala Henry Fayol, Departamento de Economia e Administração (DEA) daUFMS

terça-feira, 6 de novembro de 2007

Defesa de Monografia

Aviso a todos os interessados que executarei a defesa da minha monografia dia 21/11 (quarta-feira) nas dependencias do Departamento de Economia e Administracao da UFMS na sala HEnry Fayol (sim, as salas ridiculamente tem nome no meu departamento). O titulo do trabalho 'e "Distribuicao Normal de Inteligencia e Desenvolvimento Economico de Longo Prazo - An'alise Teorica" - esse computador da facul nao usa acentos.
Trata-se de um trabalho que ja nascera predestinado a levar porrada de todos os lados, entao, se todos quiserem ir me ver ser escrotizado pela banca sejam bem-vindos.

Abraco a Todos, Gabriel Leao

Peak Everything by Richard Heinberg

Very interesting. Na verdade esse Energybulletin deve ser inteiramente digerido.

Também uma quote que acabei de encontrar:

“So one may almost say that the theory of universal suffrage assumes that the Average Citizen is an active, instructed, intelligent ruler of his country. The facts contradict this assumption.”
—James Bryce (1909, 35)

É de arrepiar quando a gente vê que conclusões a que chegamos sozinhos batem perfeitamente com observações de pessoas há décadas!

sábado, 3 de novembro de 2007

Life-Cycle Analysis of Building Materials

Acabei encontrando esse software muito bacana no site da NIST (é um Inmetro americano):

Bees 4.0

A publicação a seguir também é muito interessante, e relacionada a construções "verdes":

NAHB's Model Green Home Building Guidelines

sexta-feira, 2 de novembro de 2007

Projeto Mudando o Mundo através da Educação

A Ju entrevistando eu e o Domingos e alguns participantes do nosso projeto nas faculdades:

Ver vídeo da TV Assembléia

quinta-feira, 1 de novembro de 2007

Fora.tv - Portal de Documentários

É agora que o Renato se acaba!

Visitem:

http://fora.tv/

O portal de documentários!

terça-feira, 30 de outubro de 2007

Ciência e consciência

Artigo publicado na página 3 do Primeiro Caderno da Folha de São Paulo, domingo, 28 de outubro.

Abç!

JACQUES D'ADESKY

O CIENTISTA James Watson, co-descobridor da estrutura do DNA e ganhador do Nobel de Medicina, afirmou recentemente ser "inerentemente pessimista em relação ao futuro da África" porque "todas as nossas políticas sociais são baseadas no fato de que a inteligência deles é igual à nossa, quando todos os testes dizem que não é bem assim". Ainda que James Watson tenha procurado desmentir suas declarações, ele não foi o primeiro cientista de renome a se equivocar sobre o caráter hereditário da inteligência. O biologista austríaco Konrad Lorenz, Nobel de Medicina em 1973, havia aderido ao nazismo durante a Segunda Guerra Mundial. O físico americano William Shockley, laureado com o Nobel em 1956, usou sua notoriedade para sustentar teses sobre a desigualdade das raças, chegando a propor a criação de um banco de espermas de cientistas com vistas a fecundar mulheres dotadas com alto quociente intelectual (QI). Tais evidências nos levam a ponderar que mesmo os mais brilhantes cientistas nem sempre conseguem escapar aos preconceitos e outras crenças irracionais. Ninguém pode viver enclausurado em seu laboratório, criando ao redor de si um mundo à parte. Sejamos cientistas, políticos, religiosos ou pessoas ordinárias, refletimos a sociedade em que vivemos e manifestamos, por vezes abertamente, os nossos preconceitos. Contribuímos dessa maneira para alimentar estereótipos de toda sorte: os paulistas pensam somente no trabalho; os cariocas vivem na praia; os baianos são lerdos e preguiçosos.
Afirmações racistas e tendenciosas, quando veiculadas por eminentes cientistas, se revestem de maior importância, mesmo que desprovidas de comprovação. Numa primeira instância, podem influenciar outros cientistas, condicionando opiniões e influenciando linhas de pesquisa. Adicionalmente, por partirem de um meio em que se espera responsabilidade na formulação de hipóteses e rigor na comprovação de teses, acabam por ter um forte impacto na opinião pública, criando a ilusão de que constituem verdades absolutas. O incidente relatado pela Folha mostra a necessidade de dar maior espaço à formação científica humanista, em que a pesquisa multidisciplinar permite alargar o horizonte do conhecimento. Watson aprenderia assim que a pesquisa jamais é neutra, pois nunca se realiza em uma torre de marfim, livre de qualquer determinação. Compreenderia que o trabalho científico é conduzido por homens e mulheres que não têm como fazer abstração de suas bagagens afetivas, sociais, históricas e culturais. Não se trata de negar que os genes estão ligados à nossa capacidade intelectual. O que se deve observar é que não existe um gene único, isoladamente relacionado à inteligência, mas um grande número de genes que interagem, de forma estreita e constante, com o meio socioeducativo e cultural. Trabalhando com o método científico de comprovação empírica dos fatos, é possível verificar que a inteligência não se restringe à capacidade específica de um indivíduo para resolver testes de QI, em geral inadequados para pessoas ou grupos vivendo fora do mundo ocidental. Se relacionarmos o conceito de inteligência à capacidade de adaptação a um meio ambiente inóspito, como o deserto do Saara, poderemos constatar que os ocidentais terão dificuldades, enquanto os tuaregues do deserto estarão em melhor situação, tendo em vista sua capacidade em se adaptar ao calor, assim como os inuits, que exibem grande maestria em buscar soluções criativas para garantir sua sobrevivência sob temperaturas extremamente baixas. A ciência sem consciência foi a principal responsável pela elaboração das teorias racistas durante cerca de três séculos, durante os quais se justificou as ações do colonialismo, escravidão, apartheid e holocausto. Afirmações racistas e tendenciosas, quando veiculadas por eminentes cientistas, se revestem de maior importância, mesmo que desprovidas de comprovação. Numa primeira instância, podem influenciar outros cientistas, condicionando opiniões e influenciando linhas de pesquisa.
Adicionalmente, por partirem de um meio em que se espera responsabilidade na formulação de hipóteses e rigor na comprovação de teses, acabam por ter um forte impacto na opinião pública, criando a ilusão de que constituem verdades absolutas. O incidente relatado pela Folha mostra a necessidade de dar maior espaço à formação científica humanista, em que a pesquisa multidisciplinar permite alargar o horizonte do conhecimento. Watson aprenderia assim que a pesquisa jamais é neutra, pois nunca se realiza em uma torre de marfim, livre de qualquer determinação. Compreenderia que o trabalho científico é conduzido por homens e mulheres que não têm como fazer abstração de suas bagagens afetivas, sociais, históricas e culturais. Não se trata de negar que os genes estão ligados à nossa capacidade intelectual. O que se deve observar é que não existe um gene único, isoladamente relacionado à inteligência, mas um grande número de genes que interagem, de forma estreita e constante, com o meio socioeducativo e cultural. Trabalhando com o método científico de comprovação empírica dos fatos, é possível verificar que a inteligência não se restringe à capacidade específica de um indivíduo para resolver testes de QI, em geral inadequados para pessoas ou grupos vivendo fora do mundo ocidental.
Se relacionarmos o conceito de inteligência à capacidade de adaptação a um meio ambiente inóspito, como o deserto do Saara, poderemos constatar que os ocidentais terão dificuldades, enquanto os tuaregues do deserto estarão em melhor situação, tendo em vista sua capacidade em se adaptar ao calor, assim como os inuits, que exibem grande maestria em buscar soluções criativas para garantir sua sobrevivência sob temperaturas extremamente baixas. A ciência sem consciência foi a principal responsável pela elaboração das teorias racistas durante cerca de três séculos, durante os quais se justificou as ações do colonialismo, escravidão, apartheid e holocausto.
Felizmente, ciência e racismo não estão hoje inelutavelmente entrelaçados. A análise do genoma humano confirma, ao mesmo tempo, a unicidade e diversidade da espécie humana. Os 6 bilhões de indivíduos que povoam o planeta possuem o mesmo patrimônio genético, com algumas ínfimas variações quantitativas, tênues e extremamente complexas. Do ponto de vista cultural, os grupos raciais resultam de uma idéia construída a partir de elementos que podem ser os traços físicos, mas também os costumes sociais. O aspecto mais ou menos escuro da pele depende de um pigmento, sempre presente, mas em quantidade variável no corpo humano. Do ponto de vista da genética, seria ilusório pretender estabelecer limites ou fronteiras entre as raças. O cientista com consciência sabe perfeitamente que somos todos humanos, demasiado humanos.
Felizmente, ciência e racismo não estão hoje inelutavelmente entrelaçados. A análise do genoma humano confirma, ao mesmo tempo, a unicidade e diversidade da espécie humana. Os 6 bilhões de indivíduos que povoam o planeta possuem o mesmo patrimônio genético, com algumas ínfimas variações quantitativas, tênues e extremamente complexas. Do ponto de vista cultural, os grupos raciais resultam de uma idéia construída a partir de elementos que podem ser os traços físicos, mas também os costumes sociais. O aspecto mais ou menos escuro da pele depende de um pigmento, sempre presente, mas em quantidade variável no corpo humano. Do ponto de vista da genética, seria ilusório pretender estabelecer limites ou fronteiras entre as raças. O cientista com consciência sabe perfeitamente que somos todos humanos, demasiado humanos.
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JACQUES EDGARD FRANÇOIS D'ADESKY , 58, graduado em ciências econômicas pela Universidade Católica de Louvain (Bélgica), doutor em antropologia social pela USP, é pesquisador do Centro de Estudos das Américas da Universidade Cândido Mendes e coordenador do Programa Sul-Sul do Conselho Latino-Americano de Ciências Sociais. É natural de Ruanda (África).

Como fazer seu próprio disfarce de espagueti voador

Seguir link, é em español mas serve!

http://roc21.blogspot.com/2007/10/cmo-hacer-un-disfras-del-espagueti.html

sexta-feira, 26 de outubro de 2007

Outra indicação Kennyana

A primeira foi a do Jobs há muuuuito tempo atrás. :P

quinta-feira, 25 de outubro de 2007

Flashback diariamente necessário

Steve Jobs e seu discurso de formatura para Stanfordonianos em 2005 (legendado em PT-BR).

quarta-feira, 24 de outubro de 2007

Nova modalidade esportiva de tiro (ao traficante)

Esse merece um "carái de asa" Kennyano!!!

Geradores de texto aleatórios

O Gabriel vai simplesmente adorar, o resto vai curtir! Eu me diverti com o Gerador de Discurso Prolixo! Testem!

Geradores de texto aleatórios

Stern Review - The Economics of Climate Change

Economics of Climate Change


The Stern Review on the Economics of Climate Change was launched on 30 October 2006. The Review, led by Prof Sir Nicholas Stern (Head of the Government Economic Service and former World Bank Chief Economist), is the most comprehensive ever undertaken on the economics of climate change.

Climate change research and projections undertaken by the Met Office Hadley Centre, provided the core scientific input to the Review.

The Review focuses on the impacts and risks arising from climate change, the costs and opportunities associated with tackling it, and the national and international policy challenge of moving to a low-carbon global economy.

The Stern Review shows that there are huge amounts of money at stake and that there is real potential in terms of what relevant climate research can do.

Read the Stern Review Report

terça-feira, 23 de outubro de 2007

Palestra de quinta-feira - Primeiro emprego e a difícil escolha de uma profissão


Pessoal, conforme conversamos esta noite, vou dar a palestra na quinta-feira para cerca de 80 alunos do ensino médio no colégio Oswaldo Tognini.

Para isso, queria a ajuda de vocês para darem dicas de tópicos que posso extrapolar além dos que já abordei no mapa mental em anexo, mas também, imagens que representem os conceitos, idéias ou dados que estarei passando. Se tiverem algo, peço que me mandem por email!

E aproveito já para comentar para vocês sobre a ferramenta dos Mapas Mentais, o Renato me indicou este software "Mind Manager", que é fantástico para organizar o pensamento. Inclusive, em cima do arquivo do mapa mental ele já gera uma apresentação em power point (é o que farei neste caso), ou um arquivo do word (estou escrevendo artigos usando isto) com os tópicos que você define no mapa, além dos comentários para cada tópico.

Assim, durante a produção do material, você nunca perde a visão do todo do que está abordando!

sábado, 20 de outubro de 2007

Casa do Saber

Casa do Saber

Para quem não conhece, a Casa do Saber em Sampa. Vejam os títulos dos cursos, demais!!

E tem umas duas acadêmicas de Turismo na UCDB fazendo uma pesquisa se as pessoas teriam interesse em participar de um lugar como este. Já fiz contato por email, vamos aguardar a resposta das meninas!

quinta-feira, 18 de outubro de 2007

Top 50 Filmes de Distopias

Galera, esta é A LISTA de filmes para assistirmos:

http://snarkerati.com/movie-news/the-top-50-dystopian-movies-of-all-time/

quarta-feira, 17 de outubro de 2007

Nós podemos mudar

http://nospodemos.org.br/default.htm

Eles propõem a mudança Bottom-Up e Top-Down, passando para frente o que fora discutido na ONU como meta para 2015.

Alguma ação que esteja fora das 8 metas?

segunda-feira, 15 de outubro de 2007

Reunião de Hoje

Para aqueles de vocês que ainda não me passaram seus respectivos emails e portanto não receberam a confirmação da reunião, o esquema rola na minha casa hoje. Se você não souber onde é ligue para um dos comparsas!

The Great Global Warming Swindle swindle

Pra quem já viu, "high-five!", apesar de que se você não viu, não perdeu muito (fora reforçar o conceito de que quanto mais bonitos os gráficos e a produção mais se deve estar cético quanto à idéia defendida).

"UK viewers were treated the other night to a superficially impressive global-warming denialist documentary: The Great Global Warming Swindle . The programme was the work of Martin Durkin who has previous form for dodgy science documentaries. Medialens has a reasonably comprehensive account of the film’s reception and also gives an idea of the contents. See also George Monbiot in the Guardian and Steve Connor in the Independent. Central to the film was the testimony of the MIT oceanographer Carl Wunsch. Wunsch’s own account of how his material was edited and presented so as to give a misleading account of his actual views is here ."

Wunsch falou: "I should have never trusted Channel 4!"

Fonte

Desigualdade no MS

Texto do meu professor de Formação Economica do Brasil
Se o Mato Grosso do Sul se resumisse a um quarteirão onde vivessem somente 100 pessoas, haveria 51 pardos, 41 brancos, cinco negros e dois índios. Oitenta não teriam ligação de esgoto e nove não saberiam ler nem escrever. Dez moradores embolsariam 52 por cento da riqueza do quarteirão inteiro, enquanto os 40 mais pobres precisariam de um milagre (ou da sensibilidade do governo) para continuar vivendo com 17 por cento do dinheiro.
O lugar produziria alimentos em quantidade suficiente para exportar para os quarteirões vizinhos ou até mesmo para os bairros mais distantes, mas pelo menos um em cada cinco moradores não teria renda suficiente para fazer as três clássicas refeições de todo dia. Os dez mais ricos seriam donos de mil bois, mas a carne não estaria no cardápio regular dos vinte mais pobres. O quarteirão é fictício, mas a desigualdade não*.
(*) Baseado em dados fornecidos pelo IBGE e pelo IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada).

sábado, 13 de outubro de 2007

New Economics Foundation

Dêem uma olhada nas publications desse think-tank britânico de slogan "Economics as if people and the planet mattered". Estou atualmente lendo os reports (e são MUITOS deles lá!) depois de ver a seguinte chamada:

Friday 05 Oct 2007 00:00 AM
The world moved into 'ecological overdraft' on Saturday, the point at which human consumption exceeds the ability of the earth to sustain it in any year and goes into the red, the New Economics Foundation think-tank said.

Ideias, somente ideias.... (resposta ao ultimo post)

Uhuu, finalmente consegui animar esse negocio!!. Respondendo...

1. Pelo amor de Deus (que alguns creem e outros nao), é óbvio que o que me assustou foi o Arnaldo Jabor, e como seus argumentos sao persuasivos, nao fique juntando partes do texto para criar outro contexto. Esse texto que postei eu ja vinha pensando a algum tempo, pois ja tinha lido o texto postado bem antes, so achei oportuno expor meu pensamento. E eu nao vou continuar essa discussão, esse blog é pra discutir ideias e nao pessoas.

2. Como nao ficou claro se o autor referido era eu ou o Jabor deixo claro que minha intenção era defender o ceticismo politico. Já o do Jabor eu coloquei no texto em questão (segundo meu ponto de vista).

3. Se Arnaldo esta realmente fora dessa logica me explique a sua aparição ontem no Jornal NAcional e no Jornal da Globo. Essa demissão a que se refere perdeu força, o seu texto (do Jabor, pra evitar paranoia) é um forte mecanismo ideologico porque o cara é famoso e mostra todo dia a cara no Jornal Nacional, o programa de maior audiencia da TV brasileira, ele nunca foi funcionario só da CBN, não sabemos o contexto no qual essa demissão ocorreu. Realmente seria estranho se depois desse texto ele sumisse da midia, será que ele perdeu ou ganhou mais força nos telejornais nos ultimos anos? obviamente ganhou, e será que isso foi por acaso?

Espero ter respondido, mas caso alguem queria citar meus textos faça de maneira abrangente, e nao recortando-os, por que nao gosto de ter minhas opiniões manipuladas.

Rodrigo, valeu pela leitura que fez, parabens.
Renato, ataquei o Jabor e nao voce.
Laudson, prometo tentar postar essa semana a continuação da "hipocrisia liberal".
Luisa, prometo levar suas revistas, foi mal, semana passada esqueci mesmo...rs


Abraço a todos, Gabriel Leão

Direto ao Ponto

TEXTO: "(...) o ultimo post do Renato me assustou (...) por uso de artifícios intelectuais que alguns dissidentes costumam se identificar. (...) O recado que deixo então é o seguinte: cuidado dissidentes, a alienação pode percorrer até as mais altas mentes..."

(FUVEST-2008) Segundo o autor Gabriel no Post Resposta a um Cineasta, infere-se que:

(a) Ao postar o texto Renato quis dizer que as opiniões dele se refletiram bem nas palavras de Jabor, e que tais opiniões assustaram Gabriel;
(b) O texto contido no post entitulado "Arnaldo Jabor expulso da CBN por causa do texto abajo" era de conteúdo assustador para Gabriel. (atenção ao título!)

(FUVEST-2008) Através do uso contínuo de linguagem ambígua e de uma pretensa lógica para justificar suas opiniões, qual seria a verdadeira intenção do autor ao escrever seu texto? (DISCURSIVA)

(FUVEST-2008) Levando-se em consideração que Arnaldo Jabor tenha sido mandado embora da Rádio CBN (uma rádio pertencente à Rede Globo de Comunicações, também dona do Jornal "O Globo" onde o mesmo trabalha há anos com colunas jornalísticas e aparições frequentes no Jornal Nacional), e que, como indica o autor na passagem:

"Não é claro que quase todos os mecanismos de mídia brasileira tem um projeto político claro e especifico, cada qual com sua própria verdade? Por que então Jabor estaria de fora dessa lógica?",

Explique a conexão lógica entre defender-se os interesses ideológicos de seu empregador e ao mesmo tempo conseguir desempregar-se através do mesmo.

segunda-feira, 8 de outubro de 2007

Reforço a “Resposta a um Cineasta”

Gabriel, os intelectuais fazem isso mesmo (não que o Jabor seja intelectual): utilizam-se de todo seu arsenal para modificar “a seu favor” a percepção e a realidade das pessoas. Seu texto nada mais é que uma reação a essa tentativa de falsificação da realidade. Na verdade, a coisa fica feia quando um desses caras consegue aparecer com a cara (e a voz) na televisão; isso lhe confere alguns atributos: poder, divulgação, status e, claro, invariavelmente, aceitação por alguns de suas idéias. Sabe o que a ciência diz sobre a verdade? Que ela é criada apenas pelos jornalistas. O que ela faz (a ciência) é contribuir para o entendimento de perguntas sem respostas. A pesquisa não possui uma conclusão definitiva, pois dali partem milhares de outras conclusões; only another brick in the wall.

Quando Orwell diz “...perde a fé em si própria ou sua capacidade de governar com eficiência, ou ambas...” ele não se refere, na verdade, à sociedade como algo que pode tomar essa decisão, e sim a poucos homens ali de dentro que possuem capacidades (internas e externas (ex: tv)) de modificar aquela realidade e, decidem fazê-la. Imagine quando o sujeito (um intelectual, por exemplo) pensa e percebe: “Eu tenho o poder de fazer isso”. Golpe, revolução, insurreição, ordem e progresso... são alguns nomes que inventamos para essas situações. Se pensarmos bem, nos dias de hoje inclusive as classes baixas também podem chegar ao poder. O que é o Sr. Lula a não ser um mero produto dessa luta de classes?

Nessa lógica da luta entre as classes, podemos dizer que até as baboseiras ditas e escritas pelo nosso caríssimo cineasta têm seu valor: tentam sabotar e derrubar uma conjuntura política falida nas bases da ética, COMO TODAS AS OUTRAS!! Isso mesmo, eu tenho a impressão de que a falta de ética corre sério risco de ser substituída por aqueles que tentam modificar a realidade coletiva por interesses alheios. Alguém aqui já viu, na história do Brasil, algo diferente disso acontecer? É sempre assim! Já tem gente pensando: “Poxa, se até o PT, que sempre bradou pela mudança através de valores éticos, deixou essa peteca cair... agora num tem mais jeito!” Para mim, está clara a relação disso com o que Orwell disse 15/16 linhas atrás. Mudam-se as classes sim, mas o que fica no poder são sempre os valores que guiam a “casta superior”.

Pergunta: “O que então, meus Deus, acontece para que todos aqueles que ocupam o dito poder se inclinem a corrupção?” É, essa é a resposta que gostaríamos de ter! Matar todos instantaneamente e reformar profunda e completamente a política!! É meus amigos, ai seriam outros 500...
Prazer, sou Rodrigo o mais novo invasor do blog de vocês.

Reunião de Hoje

Aguardo vocês às 19 horas novamente!!! Aqui em casa!!

sábado, 6 de outubro de 2007

Algumas imagens que achei por ai que cairiam bem no concurso


















Resposta a um Cineasta

Vou direto ao ponto: o ultimo post do Renato me assustou. Não porque ataca um político especifico ou por que cita nomes diretamente, isso deve realmente ser feito. Assustou-me por que beira perigosamente o censo comum, por uso de artifícios intelectuais que alguns dissidentes costumam se identificar. O texto é maniqueísta, e está preso na velha política de “bonzinhos” e “mauzinhos”. Distorce a história para defender uma tese política.
Os economistas, assim como alguns cientistas sociais costumam temer o chamado jornalês. Aquela rebuscada fala que não carrega nada mais alem do que você quer escutar. Não que não existam ótimos jornalistas e péssimos cientistas sociais, no entanto, quando alguns desses profissionais resolvem se aventurar em análises que passam longe da sua capacidade teórica (Arnaldo Jabor é cineasta, CINEASTA!!)[1] os estragos costumam ser brutais. Pra construir sátiras este cineasta parece ser bom, mas a ciência política sofre nas suas palavras.
Destaco que não estou defendendo Lula ou FHC, os dois foram até o presente momento bons presidentes. Estou defendendo o ceticismo de análise, o afastamento do perigoso campo do censo comum, aquele no qual pretensos jornalistas e o seu João da padaria aqui da frente se aproximam. Ainda como pretenso historiador o Sr. Jabor coloca: “A verdade está na cara, mas a verdade não se impõe. Isto é uma situação inédita na História brasileira”. Vamos tentar ser sensatos, primeiro que a definição de verdade é algo complicado, segundo que esta é uma característica política do mundo capitalista ou até mesmo dos períodos anteriores. Não estava claro em 1964 que os militares não iriam devolver o poder aos civis? Não estava claro que os militares prolongariam o poder até 1989 através de Sarney? Que a globo manipulou a eleição de Collor em 1989? Não é claro que quase todos os mecanismos de mídia brasileira tem um projeto político claro e especifico, cada qual com sua própria verdade? Por que então Jabor estaria de fora dessa lógica?
O cineasta é anacrônico, e analisa a historia através de um contexto atual, e faz-se porta voz de uma classe política e sócio-economica que por sinal tem seu próprio projeto político assim como todas as outras, e já que nosso falacioso cronista profanou a obra orwelliana, vale lembrar o que em "1984" Orwell falara desse ciclo político:

"Assim, por toda a história, trava-se repetidamente uma luta que é a mesma em seus traços gerais. Por longos períodos a Alta (classe alta) parece firme no poder, porém mais cedo ou mais tarde chega um momento em que ou perde a fé em si própria ou sua capacidade de governar com eficiência, ou ambas. É então derrubada pela Média, que atrai a Baixa ao seu lado, fingindo lutar pela liberdade e pela justiça. Assim que alcança sua meta, a Média joga a Baixa na sua velha posição servil e transforma-se em Alta. Dentro em breve uma nova classe Média se separa dos outros grupos, de um deles ou de ambos, e a luta recomeça. Das três classes, só a Baixa nunca consegue nem êxito temporário na obtenção dos seus ideais." (ORWELL, 1948) [2]

É estranho que o artigo preze pela não-reeleição de Lula ao final. Será que Jabor não sabia que o sistema “democrático” brasileiro apresenta somente um reduzido numero de candidatos pré-selecionados para que escolhamos entre A e B? E será que ele não sabia que assim estava pedindo voto para Geraldo Alckmin, candidato da oposição? E será que Jabor tinha a inocência de que a corrupção era única ao governo Lula e que o nosso grandioso sistema eleitoral poderia acabar com isso? Ao que parece o cineasta segue a linha política dos mecanismos que lhe empregam, e as entre-linhas do seu texto parece guardar uma ferrenha discussão entre classes políticas que refletem razoável parcela do mecanismo social, e talvez possamos encaixar Jabor no texto do Orwell, na parte em que clama às massas a luta por “justiça e liberdade”, como se fosse um arauto da verdade. E será mesmo então que se Lula fosse reeleito a novilingua estaria consagrada? Ela parece muito presente nas palavras do próprio Jabor.
E mais uma vez repetindo, não se trata de defesa a Lula, comprovadamente seu governo cometeu sérios atos de corrupção (assim como quase todos os outros, talvez o que nunca tenha cometido seja Tancredo Neves), se trata de defender uma linha cética de análise política. Não existem “bonzinhos” nem “mauzinhos” na política, ali a ética é outra, é todo um outro mundo, deve-se estar atento ao que cada setor da sociedade pretende dizer, principalmente através dos seus pseudo-intelectuais. O recado que deixo então é o seguinte: cuidado dissidentes, a alienação pode percorrer até as mais altas mentes....

Abraço a todos, Gabriel Leão

[1] Carioca nascido em 1940, o cineasta e jornalista Arnaldo Jabor já foi técnico de som, crítico de teatro, roteirista e diretor de curtas e longas metragens. Na década de 90, por força das circunstâncias ditadas pelo governo Fernando Collor de Mello, que sucateou a produção cinematográfica nacional, Jabor foi obrigado a procurar novos rumos e encontrou no jornalismo o seu ganha-pão. Estreou como colunista de O Globo no final de 1995 e mais tarde levou para a TV Globo, no Jornal Nacional e no Bom Dia Brasil, o estilo irônico com que comenta os fatos da atualidade brasileira.

[2] ORWELL, George. 1984. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1998. pág. 194

sexta-feira, 5 de outubro de 2007

Concurso

Este concurso da Editorea Abril desafia você a traduzir em uma imagem a sua visão sobre sustentabilidade.

http://planetasustentavel.abril.com.br/concursos/fotos/

Galera, quero ver um de nós ganhar este concurso hein!!
Vamos lá, arregaçar as mangas, brain storm (como fazemos já, bastante) e mão a obra!

Bem, como estamos chegando a conclusão de que a sustentabilidade é um mito e que o carrinho vai bater mesmo, hehehe, as fotos podem ser melhores ainda.

Este é pro Ricardo!! E pro Gabriel!! hehehe
A foto do Gabriel vai ser o cogumelo das bombas atômicas japonesas!

quinta-feira, 4 de outubro de 2007

Arnaldo Jabor expulso da CBN por causa do texto abajo

A VERDADE ESTÁ NA CARA, MAS NÃO SE IMPÕE (JABOR)

O que foi que nos aconteceu? No Brasil, estamos diante de acontecimentos inexplicáveis, ou melhor, “explicáveis” demais. Toda a verdade já foi descoberta, todos os crimes provados, todas as mentiras percebidas. Tudo já aconteceu e nada acontece. Os culpados estão catalogados, fichados, e nada rola. A verdade está na cara, mas a verdade não se impõe. Isto é uma situação inédita na História brasileira.

Claro que a mentira sempre foi a base do sistema político, infiltrada no labirinto das oligarquias, claro que não esquecemos a supressão, a proibição da verdade durante a ditadura, mas nunca a verdade foi tão límpida à nossa frente e, no entanto, tão inútil, impotente, desfigurada, broxa.

Os fatos reais: com a eleição de Lula, uma quadrilha se enfiou no governo e desviou bilhões de dinheiro público para tomar o Estado e ficar no poder 20 anos. Os culpados são todos conhecidos, tudo está decifrado, os cheques assinados, as contas no estrangeiro, os tapes , as provas irrefutáveis, mas o governo psicopata de Lula nega e ignora tudo. Questionado ou flagrado, o psicopata não se responsabiliza por suas ações. Sempre se acha inocente ou vítima do mundo, do qual tem de se vingar. O outro não existe para ele e não sente nem remorso nem vergonha do que faz. Mente compulsivamente, acreditando na própria mentira, para conseguir poder. Este governo é psicopata.

Seus membros riem da verdade, viram-lhe as costas, passam-lhe a mão na bunda. A verdade se encolhe, humilhada, num canto.

E o pior é que o Lula, amparado em sua imagem de “povo”, consegue transformar a Razão em vilã, as provas contra ele em acusações “falsas”, sua condição de cúmplice e comandante em “vítima”. E a população ignorante engole tudo.

Como é possível isso? Simples: o Judiciário paralítico entoca todos os crimes na fortaleza da lentidão e da impunidade. Só daqui a dois anos serão julgados os indiciados — nos comunica o STF. Os delitos são esquecidos, empacotados, prescrevem. A Lei protege os crimes e regulamenta a própria desmoralização. Jornalistas e formadores de opinião sentem-se inúteis, pois a indignação ficou supérflua. O que dizemos não se escreve, o que escrevemos não se finca, tudo quebra diante do poder da mentira desse governo. Sei que este é um artigo óbvio, repetitivo, inútil, mas tem de ser escrito...

Está havendo uma desmoralização do pensamento. Deprimo-me: “Denunciar para quê, se indignar com quê? Fazer o quê?”. A existência dessa estirpe de mentirosos está dissolvendo a nossa língua. Este neocinismo está a desmoralizar as palavras, os raciocínios. A língua portuguesa, os textos nos jornais, nos blogs, na TV, rádio, tudo fica ridículo diante da ditadura do lulo-petismo . A cada cassado perdoado, a cada negação do óbvio, a cada testemunha, muda, aumenta a sensação de que as idéias não correspondem mais aos fatos! Pior: que os fatos não são nada — só valem as versões, as manipulações.

No último ano, tivemos um único momento de verdade, louca, operística, grotesca mas maravilhosa, quando o Roberto Jefferson abriu a cortina do país e deixou-nos ver os intestinos de nossa política.

Depois surgiram dois grandes documentos históricos: o relatório da CPI dos Correios e o parecer do procurador-geral da República. São verdades cristalinas, com sol a pino. E, no entanto, chegam a ter um sabor quase de “gafe”. Lulo-petistas clamam: “Como é que a Procuradoria Geral, nomeada pelo Lula, tem o desplante de ser tão clara! Como que o Osmar Serraglio pode ser tão explícito, e como o Delcídio Amaral não mentiu em nome do PT? Como ousaram ser honestos?”.

Sempre que a verdade eclode, reagem. Quando um juiz condena rápido, é chamado de “exibicionista”. Quando apareceu aquela grana toda no Maranhão (lembram, filhinhos?), a família Sarney reagiu ofendida com a falta de “finesse” do governo de FH, que não teve a delicadeza de avisar que a polícia estava chegando...

Mas agora é diferente. As palavras estão sendo esvaziadas de sentido. Assim como o stalinismo apagava fotos, reescrevia textos para coonestar seus crimes, o governo do Lula está criando uma língua nova, uma novi-língua empobrecedora da ciência política, uma língua esquemática, dualista, maniqueísta, nos preparando para o futuro político simplista que está se consolidando no horizonte. Toda a complexidade rica do país será transformada em uma massa de palavras de ordem, de preconceitos ideológicos movidos a dualismos e oposições, como tendem a fazer o populismo e o simplismo. Lula será eleito por uma oposição mecânica entre ricos e pobres, dividindo o país em “a favor” do povo e “contra”, recauchutando significados que não dão mais conta da circularidade do mundo atual. Teremos o “sim” e o “não”, teremos a depressão da razão de um lado e a psicopatia política de outro, teremos a volta da oposição mundo x Brasil, nacional x internacional. A esquematização dos conceitos, o empobrecimento da linguagem visa à formação de um novo ethos político no país, que favoreça o voluntarismo e legitime o governo de um Lula 2 e um Garotinho depois.

Assim como vivemos (por sorte...) há três anos sem governo algum, apenas vogando ao vento da bonança financeira mundial, só espero que a consolidação da economia brasileira resista ao cerco político-ideológico de dogmas boçais e impeça a desconstrução antidemocrática. As coisas são mais democráticas que os homens.

Alguns otimistas dizem: “Não... este maremoto de mentiras nos dará uma fome de verdades!”. Não creio. Vamos ficar viciados na mentira corrente, vamos falar por antônimos. Ficaremos mais cínicos, mais egoístas, mais burros.

O Lula reeleito será a prova de que os delitos compensaram. A mentira será verdade, e a novi-língua estará consagrada.