terça-feira, 25 de março de 2008

Profetas do Apocalipse (ou aquecimento global)

Ao longo da história observamos muitos profetas do apocalipse, alguns com um número incontável de apóstolos, sendo o mais famoso deles Karl Marx. Porem, duvidoso é o resultado de suas palavras quanto à mudança do futuro que anteviam.


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“Desde os tempos do Antigo Testamento que pregar o caos iminente conquista muitos seguidores. As pessoas, ignorantes acerca de um futuro desconhecido e muitas vezes até imprevisível, ficam facilmente impressionadas com as previsões catastróficas de certos “especialistas”. Creio que isso explica muito da fama de um Nostradamus, por exemplo. Entre os ambientalistas, vemos muitos alarmistas desse tipo atualmente. No mercado financeiro não é diferente, e muitos são os estrategistas que conquistam a atenção do público – e seu dinheiro – pela insistente previsão de uma grande crise iminente. Ora, é preciso lembrar que até mesmo um relógio quebrado irá acertar as horas duas vezes por dia” (Constantino, 2008)


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Quantos aos ambientalistas eu realmente não acredito na estratégia apocalíptica para mobilizar as massas, pois como a mesma história nos ensina, não existem grandes mobilizações antes que as instituições desmoronem. Afinal, o que se esperar depois que as pessoas entendam que estão em rota de colisão? Talvez pânico. Pessoas precisam ser lideradas (me desculpem os sociólogos libertários mas isso é real), e se simplesmente jogarmos o problema na frente delas elas simplesmente correm para um lado e para o outro batendo a cabeça ou vão fazer o mais provável, ignorar o problema. A mensagem de Marx, por mais latente que fosse, fora ignorada por décadas ate que alguns líderes as resolvesse por em prática pela ação política na Rússia (se deu certo ou não são outros “quinhentos”)


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Bem, e o que os ambientalistas devem fazer então? O meu voto de economista é mirar as instituições através de uma estratégia lúcida, e não escatológica. Mudanças desse porte são graduais, e dependem da quebra de uma série de paradigmas embutidos nas cabeças dos ouvintes, e devemos aceitar que não seremos nós quem irá fazer nem presenciar as mudanças, mas aqueles que virão depois de nós. Afinal, se queremos fazer alguma coisa com pressa, temos que fazê-la com calma...


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Mesmo porque, para muitos o fim do mundo ja chegou, ou se chegasse nao seria de todo ruim, afinal, se metade do mundo nao tem o que comer, por que entao se preocupariam com o planeta esquentando? Não vivemos num mundo igualitário, mas devemos pensar melhor nossas estratégias.


10 comentários:

Kenneth Correa disse...

muito bom o texto, gostei do foco e da objetividade ao expor o fato!

Acho que a gente poderia focar um pouco mais agora, precisamente na estratégia institucional! Tô dentro, quando quiser, se não bater com o futebol (tô tentando preservar a barriga)

Renato Granzoti disse...

Interessante pois é sua opinião, mas nada além disso. Tentar baseá-la no argumento desse Constantino não valeu nem meu tempo em lê-lo. Até recomendo que você remova esse parágrafo do texto para você não se expor mais ao ridículo, e ainda economize o tempo das outras pessoas.

O dia em que um argumento baseado em igualdade de capacidade de previsão entre uma CIÊNCIA FÍSICA (a gente não está falando de "ciência" social nesse ponto) e Apóstolos/Pregadores da Bíblia/Apocalipse e Nostradamus for aceitável eu quero que me façam uma lobotomia completa, célula por célula, deixando só meu cerebelo intacto pra meu corpinho ainda servir por uns anos de memorial à sensatez.

Eu concordo plenamente que atacar as instituições é necessário, mas descordo de sua freqüente postura de superioridade intelectual perante essas pessoas, como se nem valesse nosso tempo expor essa realidade a elas.

Certamente não vale é o tempo delas quando você fica dando uma de relativista, de gerador de lero-lero, ou o meu sob as circunstâncias descritas acima.

Cara, dessa vez o papo é sério: a gente não tá falando aqui de fazer politicagem (o que você aparentemente aprendeu muito bem) para benefício próprio.

E te digo: o dia que você estiver lá dentro das instituições mudando as coisas de coração eu te dou meus sinceros parabéns. Até lá, pare de ser um disserviço à conscientização!

Eu havia te pedido desculpas ontem pela interrupção relativamente grosseira naquele dia, coisa que você muito claramente desconversou na hora. Porém, retiro meu pedido até que você me prove que vale o contrário.

Gabriel Leão disse...

Mas é minha opinião mesmo, não tenho outra aintenção alem de demonstra-la. O constatino é um economista da PUC-Rio.

Bem, não citei voce Renato no texto, vc que se colocou como vitima. Com texto pretendi defeder minha opiniao e nao atacar a sua. PRefiro pensar que vc nao compreenda o peso ofensivo da palavra politicagem com a qual vc me atacou.

É bem prepotente se colocar como memorial da sensatez, pq vc tem uma seria dificuldade em lidar com opiniões contrarias a sua, visto nao só o meu caso, como o da Luiza, do Kenny, etc... Um debate é feito de sinteses e antiteses. Uma resposta sensata incluira o mesmo nivel do texto que coloquei..outro texto com seus argumentos, e nao uma linguagem coloquial com ataques indiretos.

E outra, Conscientização?! conscientização do que?! A nossa função é passar a informação, e não o nosso panico adiante, as pessoas que reflitam se isso é bom ou ruim, pq pelo menos eu nao tenho a prepotencia de pensar o que seja bom ou ruim pra elas.

Afinal, porque vc milita, por vc? pelos outros? por essa sociedade injusta? por um ser humano egoista?

Como voce pode dizer se meu texto vale ou não o tempo das outras pessoas, vc sabe do seu tempo e não dos outros, e cada um com seu cada qual. É muita prepotencia intelectual julgar meu texto como se vc fosse a sociedade como um todo.

Nao pretendo ter superioridade intelectual com ninguem, mas nao quero ser nenhum profeta do apocalipse como disse antes. Eu me coloco na situação dos ouvintes. Que adianta vc entupi-los de informação atraves de exmplos confusos como fez la no instituto? Qualquer ser normal nao assimi-la tanta coisa em vinte minutos, eu nao assimilaria. E vc ainda quer que eles saiam temendo o fim do mundo?

Eu sou mesmo relativista, não sou um dogmático que finca-se em uma idéia e sai berrando ela aos quatro cantos, acredito que isso seja muito mais racional pois aceito sempre na possibilidade de estar errado. Mas nem por isso vou receber ataques injustificados por causa de um texto que nao tinha a inteção de atacar ninguem.

Percebo que te falta muita noção de politica, pois demonstra uma inocencia positivista tipica do fim do século XIX, quando se pensava.. a ciência nos salvará...
Até que chegamos nas duas guerras mundiais.

Vc acha mesmo que todas as pessoas pensam atraves de variaveis tecnicas e levam em consideração aquilo que, para gente que estuda a mais de ano, o assunto é bastante claro? Acha que todos enxergam o que vc enxerga depois de ter estudado mais de cinco anos a respeito? Acredito que vc nao pense isso.. então porque insiste em achar que as pessoas terão reação igual a sua, ou que devam pensar como vc a respeito de suspostso problemas do mundo... por mais latente que sejam, o óbvio nao esta ao alcance de todos, talvez até de nós mesmos, independente da nossa instrução.

E como vc disse a sua interrupção aquele dia foi bem gorsseira, mas eu nao ligo pra isso pq te entendo, nao desconversei, eu tava mal mesmo. Caso queira fazer de novo considere as desculpas aceitas.
Bem, é isso, e com isso vou me retirar do debate, por que nao acho que vá nos levar à algum outro lugar, mesmo por que faz hora que to querendo já abandonar uma causa em que cada soldado enxerga uma realidade, mas se acaso alguem pedir minha opinão sobre algum fator terei maior prazer em ajudar. Não acho que sou tao capacitado assim mas penso que posso ajudar com alguma coisa. No mais, é isso.

Abraço
Gabriel Leão

Kenneth Correa disse...

eu sempre gostei do nome paradoxais, mas passo então a acompanhar o novos filósofos para ver a causa de vários homens.

se a proposta era a discussão, síntese e antítese, arrumamos uma segunda discussão imporatente aqui (a primeira acho que foi bottom-up ou top-down, agora pode ser essa da conscientização ditatoresca ou relativismo de russeau), e se pudermos tirar algo proveitoso. é nesse momento em que vocês dois tão discutindo pela idéia em si (que é diferente pra cada um de vocês), e não na intenção de serem educados um com os outros e discutir por que disseram que isso é bacana.

Quando o Engels discutia com o Marx devia ser bonitinho, mas eu queria ver um Marx conversando com um Keynes.

Acho que tanto o Gabriel quanto o Renato falaram coisas sensatas, e o feeling de raiva por trás é só por enxergarem o mundo de forma diferente.

Agora se o propósito é ter discussões com vários homens que pensam a mesma coisa, podemos mudar o tópico para a final do BBB, onde as opiniões não são nada relevantes.

Tomara que vocês continuem pensando diferente um do outro....

Renato Granzoti disse...

AO GABRIEL: O constatino é um economista da PUC-Rio.

E..!???

Bem, não citei voce Renato no texto, vc que se colocou como vitima. Com texto pretendi defeder minha opiniao e nao atacar a sua. PRefiro pensar que vc nao compreenda o peso ofensivo da palavra politicagem com a qual vc me atacou.

Engraçado que na noite anterior houve um evento envolvendo um conflito idêntico de posturas. Mas não importa, porque como eu havia dito na minha resposta, eu concordo com o a idéia de abordar as instituições. EU CONCORDO. Não foi essa a opinião que você quis passar!?

O que eu critiquei foi a FORMA com que você criou sua base argumentativa, algo do qual você deve estar muito ciente, já que na sua resposta você não tentou sequer lidar com os itens que critiquei. A estratégia da sua resposta foi se apegar a críticas de detalhes das minhas perguntas, como quando fiz uso de uma HIPÉRBOLE: uma expressão artística criadora de contraste, como foi visto a seguir.

É bem prepotente se colocar como memorial da sensatez, pq vc tem uma seria dificuldade em lidar com opiniões contrarias a sua, visto nao só o meu caso, como o da Luiza, do Kenny, etc... Um debate é feito de sinteses e antiteses. Uma resposta sensata incluira o mesmo nivel do texto que coloquei..outro texto com seus argumentos, e nao uma linguagem coloquial com ataques indiretos.

Sim, eu tenho dificuldade de lidar com opiniões (inclusive se idênticas às minhas) se estas forem INFUNDADAS em conhecimento específico sobre o assunto em si. Minha opinião é a seguinte: se você não tem interesse em correr atrás dessas informações e se aprofundar nelas, você não deveria ter direito igual ao que se chame de "verdade", porque o que você na verdade tem é uma intuição, uma OPINIÃO, e NÃO conhecimento.

E acuse-me de prepotente no dia em que você, o Kenneth, ou a Luiza tiverem separado mais tempo de vida do que eu para se aprofundar no tópico da real sustentabilidade.

Espero somente que dessa vez você FINALMENTE responda, ao contrário de ficar se apegando a ataques aos "pontos de interrogação" dos meus questionamentos. Prefiro também acreditar que isso não tenha sido consciente da sua parte.

"Linguagem coloquial com ataques indiretos"? Sinceramente eu não sei quão mais direto eu necessitaria ter sido. Talvez o que você esperasse de mim fosse um replicador do seu bullshit generator.

BULLSHIT e DECEIT são as palavras que resumiriam o conceito que intencionei para o termo "politicagem". Se isso te machuca, sinto muito. Só espero que enxergar essa postura na sua retórica pública possivelmente te ajude a se conectar com sua audiência melhor, da mesma forma que foi positivamente acatada por mim a sua recomendação de não utilizar analogias criadas no momento sob essas mesmas circumstâncias.

E outra, Conscientização?! conscientização do que?! A nossa função é passar a informação, e não o nosso panico adiante, as pessoas que reflitam se isso é bom ou ruim, pq pelo menos eu nao tenho a prepotencia de pensar o que seja bom ou ruim pra elas.

Pra passar SÓ informação as pessoas têm jornais e noticiários, e seu uso de "pânico" é uma hipérbole. Meu papel é induzir questionamentos, e não passar informações. Se as pessoas entram em pânico com os questionamentos isso é problema delas. Eu apontei o problema, e as soluções.

Afinal, porque vc milita, por vc? pelos outros? por essa sociedade injusta? por um ser humano egoista?

Eu milito pela qualidade de vida das futuras gerações de espécies. Por que você perguntou?

Como voce pode dizer se meu texto vale ou não o tempo das outras pessoas, vc sabe do seu tempo e não dos outros, e cada um com seu cada qual. É muita prepotencia intelectual julgar meu texto como se vc fosse a sociedade como um todo.

Mais uma vez se apegando a uma vírgula, e intencionalmente ou não NÃO LIDANDO com a pergunta.

Nao pretendo ter superioridade intelectual com ninguem, mas nao quero ser nenhum profeta do apocalipse como disse antes. Eu me coloco na situação dos ouvintes. Que adianta vc entupi-los de informação atraves de exmplos confusos como fez la no instituto? Qualquer ser normal nao assimi-la tanta coisa em vinte minutos, eu nao assimilaria. E vc ainda quer que eles saiam temendo o fim do mundo?

Você fala como se confundir tivesse sido a maior parte do meu papel naquele dia. HIPÉRBOLE, novamente. Como disse, acato a recomendação! Se assimilam ou não, foram alertados sobre a situação, e agora estão numa posição para se informarem melhor.

Na minha opinião é um serviço melhor do que o da desinformação que você tentava quando foi interrompido por mim.

Eu sou mesmo relativista, não sou um dogmático que finca-se em uma idéia e sai berrando ela aos quatro cantos, acredito que isso seja muito mais racional pois aceito sempre na possibilidade de estar errado.

Dogmático, né? RESPONDA-ME onde meu pensamento é infundado, para que eu possa melhorá-lo. O que você defende então é que eu sente sobre TODO o conhecimento e não faça nada quanto a ele já que... hmm... pode estar errado? Give me a break.

Mas nem por isso vou receber ataques injustificados por causa de um texto que nao tinha a inteção de atacar ninguem.

Meus questionamentos são sempre minuciosamente justificados.

Percebo que te falta muita noção de politica, pois demonstra uma inocencia positivista tipica do fim do século XIX, quando se pensava.. a ciência nos salvará...
Até que chegamos nas duas guerras mundiais.


Pera aí, acho que eu ouvi alguém acabar de falar em presunção aqui..??? Desculpe-me Gabriel. Eu vou começar a levar as previsões de profetas bíblicos e de Nostradamus em consideração. Aliás, para ser justo, por que não de todas as entidades religiosas e espirituais que jamais existiram também?

É esse tipo de argumentação ridícula que sou contra. Se você não tem algo bem pensado a dizer, não diga só por achar que tem que responder/dizer alguma coisa.

Vc acha mesmo que todas as pessoas pensam atraves de variaveis tecnicas e levam em consideração aquilo que, para gente que estuda a mais de ano, o assunto é bastante claro? Acha que todos enxergam o que vc enxerga depois de ter estudado mais de cinco anos a respeito? Acredito que vc nao pense isso.. então porque insiste em achar que as pessoas terão reação igual a sua, ou que devam pensar como vc a respeito de suspostso problemas do mundo... por mais latente que sejam, o óbvio nao esta ao alcance de todos, talvez até de nós mesmos, independente da nossa instrução.

Mais uma vez, sua aparente recomendação é: cave-se um buraco e enfie-se nele juntamente com seu conhecimento. Desculpe-me a diferença de OPINIÃO aqui, mas prefiro não fazer isso. E obrigado por reconhecer meu aprofundamento na área.

E como vc disse a sua interrupção aquele dia foi bem gorsseira, mas eu nao ligo pra isso pq te entendo, nao desconversei, eu tava mal mesmo. Caso queira fazer de novo considere as desculpas aceitas.

Bem, é isso, e com isso vou me retirar do debate, por que nao acho que vá nos levar à algum outro lugar, mesmo por que faz hora que to querendo já abandonar uma causa em que cada soldado enxerga uma realidade, mas se acaso alguem pedir minha opinão sobre algum fator terei maior prazer em ajudar.


Opiniões não importam; fatos sim. Quando cada soldado resolver se interessar mais pelo assunto (e isso vai além das nossas conversinhas) talvez enxergaremos o mesmo inimigo, e só assim poderemos lutar a mesma batalha.

Não acho que sou tao capacitado assim mas penso que posso ajudar com alguma coisa. No mais, é isso.

Abraço
Gabriel Leão


Não espero que você responda, mas pense sobre minhas críticas com carinho.

Abraços,
Renato

Kenneth Correa disse...

Mesmo depois de falar com o Renato ao telefone, continuo achando que existem aqui duas opiniões em relação a expressar o conhecimento (informação assimilada) para terceiros. Vejo (minha opinião, se tiver que deixar isso claro), além de duas pessoas discutindo, dois pontos de vistas, sim, OPOSTOS (talvez não diametralmente opostos, mas definitivamente com mais de 30º de distância numa escala totalmente subjetiva).

Segue então, meu review do discutido, tentando colaborar para chegarmos em uma potencial síntese.

1 - Chamei de conscientização ditatoresca (estou totalmente aberto a novos nomes, assim com o nome do blog), a postura que compreendi vendo as atitudes do Renato (no dia-a-dia, na palestra em que não fui ou no comentário aqui), de Compreender uma nova realidade baseada em algo lógico (ou fatos observáveis), que é enxergar a sustentabilidade literalmente, ou seja, enxergar que os sistemas atuais necessitam de mais energia para funcionarem do que o que produzem, ou que pode ser absorvido sem impacto relevante no ambiente (por exemplo, absorção da luz). Enxergando esta realidade que para os próximos 20-1.000.000.000.000 anos (acho que pelo menos 20 anos a gente vive do mesmo jeito, ainda), há uma real ameaça para a vida humana, já que em algum momento os recursos finitos de energia irão se esgotar, partindo do pressuposto que não se gera energia "ou of thin air". Mesmo que se crie iniciativas como Fissão Nuclear, ainda assim, uma hora (mesmo que demore muito), sem dúvida o número de átomos que podem ser fissionados termina. Ou seja, lógicamente, os sistemas humanos não são sustentáveis a longo prazo.

Assim, a solução lógica que o Renato chegou é que deve-se buscar maneiras de se organizar a sociedade para que a utilização dos recursos fosse limitada (limitando uso da terra e quantidade de pessoas por tipo de ambiente), mas com a intenção de manter aspectos da sociedade que favorecesse as pessoas mais tradicionalistas, as mais "carpe diem", as mais inspiradas e as mais conceituais. (types)

Ainda não pensamos nenhuma solução em que tenhamos calculado o uso da energia para garantir que a equação se equilibre, mas a resposta estaria em algo como: pequenos grupos de 300 pessoas separadas por algumas léguas de distância, e que não se ultrapassasse estes limites.

Renato, tentei resumir ao máximo o conceito, posso ter cometido crimes de simplificação. Se o fiz, peço que me explique, pois penso que compreendi esta essência e alguns detalhes do que falou. Se não, peço que aponte os erros.

2 - A postura relativista que chamei depois, é a que vejo (minha opinião), é a do Gabriel, de que talvez não tenha analisado profundamente o conceito que o Renato quer passar, de que LÓGICAMENTE não há nada que possa ser feito para mantermos o sistema atual funcionando, apenas uma REVOLUÇÃO.

Mas sei que o Gabriel pescou este conceito da revolução como opção e argumentou ao contrário. Não sei se aprofundado assim, mas acho que o Gabriel (minha opinião, Gabriel, corrija-me se eu estiver errado) viu que esta discussão parece (ela não é) ser inútil, já que ele assumiu que o funcionamento da sociedade atual é de fato irreversível (em relação a migrar para comunidades de 300 pessoas), optando então em discutir o assunto numa ótica mais superficial (não como o BBB, mas mais superficial que a ótica da existência da humanidade num horizonte beeem distante), então optando por discutir aspectos dentro deste horizonte de tempo (vou inferir que é de 1-200 anos aproximadamente).

Assim, acho que é importante ficar claro para todo mundo o que cada um pensa (até pra mim, caros, peço que indiquem falhas na minha visão sobre o que pensam).

Se o que eu escrevi está no caminho do que os dois pensam, vou tentar deixar claro o meu PONTO DE VISTA, que leva em consideração o ponto de vista do Renato no âmbito conceitual, mas como postura é BEM diferente do que ele faz.

É por este conceito que tenho usado o nome (antes do blog existir) paradoxal(is).

Entendo e concordo com o argumento do Renato (pois para mim ele é óbviamente lógico - redundância), de que a humanidade, no ponto que chegou após a agricultura (ou por ali), não teve mais volta (e ainda não tem), no sentido da inevitabilidade da destruição, pela utilização de recursos acima da capacidade oferecida pelo ambiente.
No entanto, acho que aqui sou bem diferente do Renato, acho que este ponto (destruição) ainda está bastante distante (algo após 100.000 anos), pois tenho uma crença, baseada na minha observação e análise das inovações teconlógicas e aumento da capacidade dos processadores, que históricamente tem feito uma curva ascendente, de que saberemos fazer duas coisas melhor:

1 - Melhor utilização dos recursos, desperdiçando menos, ou seja, aproveitando melhor nossas fontes.

2 - Melhor manuseio de energias "adormecidas" ou que não estão sendo utilizadas, e aproveitá-las para inseri-las no processo produtivo. (e por favor, não estou falando de cana-de-açúcar ou biodiesel)

Acredito que a junção destas duas coisas, aliadas a possíveis inovações ainda inimagináveis, vão permitir um bom pronlogamento da existência humana (o que entendo que ainda não retira o fato de que nos extinguiremos).

Como vejo a destruição como inevitável, prefiro não ser a pessoa que vai dedicar a vida para discuti-la e pensá-la, mas pensar então em estratégias de como prolongar a nossa existência. Daí me preparar para poder liderar, financiar, participar, pensar, articular qualquer tipo de mudança na maneira de funcionarmos, o que tenho feito me municiando de conhecimento sobre como administrar sistemas humanos.

Esta estratégia também inclui fazer parte das instituições, e de por dentro e por fora delas exeutar o que for preciso, pois como filósofo sem grana na sóciedade pós-moderna-capitalista não promovo mudança alguma, para qualquer que seja a causa.

Isso para mim é viver paradoxalmente, até por que, depois de toda essa explicação, que normalmente não vejo um ambiente que eu possa expressá-la sem querer matar as pessoas de tédio, não é paradoxal porra nenhuma. Mas como não expresso como um todo, parece sempre que uma coisa é oposta à outra.

Gabriel Leão disse...

Bem..vou responder ao Kenneth e ao Renato, começando pelo segundo, que escreveu primeiro:

Renato disse:
Sim, eu tenho dificuldade de lidar com opiniões (inclusive se idênticas às minhas) se estas forem INFUNDADAS em conhecimento específico sobre o assunto em si. Minha opinião é a seguinte: se você não tem interesse em correr atrás dessas informações e se aprofundar nelas, você não deveria ter direito igual ao que se chame de "verdade", porque o que você na verdade tem é uma intuição, uma OPINIÃO, e NÃO conhecimento.

Resposta:
Quem é voce pra dizer se eu tenho ou não tenho conhecimento? Voce acha que é a grande mente da sustentabilidade e possue todo o conhecimento a respeito? Acha que porque eu nao li os mesmos livros que voce eu nao tenho conhecimento? Pensa que é quem pra definir quem tem ou não conhecimento? Voce é prepotente sim porque acha que só o que voce sabe é que vale!! Quantos livros de sociologia, ciência política, economia e filosofia já leu??

Renato disse:
E acuse-me de prepotente no dia em que você, o Kenneth, ou a Luiza tiverem separado mais tempo de vida do que eu para se aprofundar no tópico da real sustentabilidade.


Resposta:
No dia em que eu puder não trabalhar e dispuser de computadores e contas pagas o dia inteiro eu me dedico aquilo que voce diz que se dedica ao tópico!! E dessa forma eu vou poder dizer prepotentemente isso que voce disse... que ninguem se dedica como voce à causa!!!

Em momento nenhum eu disse para levar as previsões desses pretensos profetas a sério, por que é disso que o texto fala, do impacto politico deles! E nao se as suas bases de argumentação era solidas ou nao... no texto nao diferenciei por exemplo marx e nostradamus, apenas juntei o fato de os dois se colocarem como profetas do apocalipse.
Quando eu disse dogmático, disse que em situações que alguem pergunte: "então não tem jeito?" prefiro responder "talvez, de acordo com os dados que dispomos a situação é realmente dificil" e não.." claro que não tem cara!! as coisas tao escassas mesmo!!!" voce pode até dizer que não mas foram essas suas palavras la no instituto.

Quanto ao Kenneth:

Bem, não que eu queira a superficialidade no debate da questão, mas eu quero que o aprofundamento respeite as condições no qual o debate for realizado. Se for para um grande publico, prefiro uma coisa superficial mas que seja assimilada, ao invés de muita informação sem assimilação. A medida que temos um publico com maiores possibilidades de assimilação aprofundamos o tema. Essa maior assimilação ocorre por dois fatores:
1. Maior quantidade de conhecimento pelo público presente, ou seja, pode ate mesmo ser o mesmo publico num momento diferente.
2. Menor numero de ouvintes. Dessa froma, a concentração do interlocutor para cada ouvinte pode ser maior.

A medida que o publico aumenta, fica mais dificil passar algo em profundidade.

Essa minha posição pauta-se em que grandes mudanças ocorrem gradualmente, (exceçõs na história são raras), e dessa forma devemos otimizar nosso discurso aos publicos do qual dispomos em cada momento. Devemos aproximar nosso discurso da possibilidade de assimilação de cada grupo.
Acredito que o conhecimento do qual dispomos dever ser utilizado sim, pois como voce e o Renato, enxergo a inevitabilidade de um colapso social futuro, ou no minimo uma condição de escassez de ativos importantes. Mas essa visão, exatamente por não ser absolutamente comprovada (para explicar isso é necessario todo um outro post que pretendo fazer depois), não pode ser passada adiante como questão irrefutável, porque seria uma irreponsabilidade, mas isso é uma questão de ética, cabendo muita discussão.

Muitos filosofos pautaram a respeito da questão, tendo voce citado Russeau. O que mais me lembro é de Leibnitz, quando diz que o perigo do fim das religiões divinas é que ele pode trazer religiões seculares. Ele demonstrava assim que na sociedade moderna e contemporanea os discursos cientificos poderiam emergir em discursos dogmáticos. O resto escreverei num posta específico, a ser publicado aqui e nos novos filosofos.

Abraço a todos,
Gabriel Leão

Unknown disse...

puta merda, não era aqui q estavam discutindo a liberação da participação homossexual nos rituais católicos?

Renato Granzoti disse...

Sinto muito por você, Gabriel. Eu já havia reaprendido a gostar, e consequentemente a torcer por você. Já cheguei a fazer coisas recentemente por você por pura bondade.

Porém, sua completa inabilidade em lidar com argumentações racionais, preferindo apegar-se à baixeza de ataques pessoais como defesa, é absolutamente inaceitável, mesmo se fôssemos inimigos.

Portanto, somente me resta deserjar-lhe um bom restante de vida.

Renato

Gabriel Leão disse...

Para de achar que os ataques são sobre voce... é sobre suas idéias.. sem isso não se cresce!!