O paradoxo da loteria de Henry E. Kyburg, Jr. surge ao
considerar que em 1000 bilhetes de loteria, se forem justos, tem exatamente um
bilhete vencedor. Se esse fato é conhecido sobre a realização do sorteio, por
isso, é racional aceitar que algum bilhete será o vencedor. Suponha que um
evento é muito provável apenas se a probabilidade deste acontecer é maior que
0.99.
Com isso é racional aceitar a proposição que o bilhete 1 da
loteria não ganhará. Partido do principio que a loteria é justa, é racional
aceitar que o bilhete 2 não ganhará, de fato; é racional aceitar que para
qualquer bilhete i da loteria, este não ganhará. Entretanto, aceitando que o
bilhete 1 não ganhará, aceitando que o bilhete 2 não ganhará, e expandindo, até
aceitar que o bilhete 1000 não ganhará: isso implica que é racional aceitar que
nenhum bilhete ganhará, o que implica que é racional aceitar a contraditória
proposição que um bilhete vence e nenhum bilhete vence.
O paradoxo da loteria foi construído para demonstrar que os três princípios que regem a aceitação raciona levam a contradição, são:
O paradoxo da loteria foi construído para demonstrar que os três princípios que regem a aceitação raciona levam a contradição, são:
• É racional aceitar que uma proposição que é muito provável
é verdadeira
• É irracional aceitar que uma proposição que é conhecida é
inconsistente, e
• Se é racional aceitar uma proposição A e se é racional
aceitar uma outra proposição A', então é racional aceitar A & A', são
conjuntamente inconsistente.
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